Casos descartados de “vaca louca” não têm relação com consumo de carne
Em nota, a Fiocruz afirmou que a suspeita de DCJ considera os aspectos clínicos e radiológicos dos dois pacientes
Após a Fiocruz descartar a doença da “vaca louca” em dois casos suspeitos, o Ministério da Agricultura afirmou que o consumo de carne pode continuar normalmente e que não há riscos.
Na quinta-feira, a Fiocruz esclareceu que os pacientes do Rio de Janeiro internados para investigação da doença da “vaca louca” estão, na verdade, com a suspeita de uma outra doença, chamada de DCJ, uma condição nervosa com sintomas parecidos com a encefalopatia espongiforme bovina.
Em nota, a empresa afirmou que a suspeita de DCJ considera os aspectos clínicos e radiológicos dos dois pacientes, mas que os casos ainda não têm uma confirmação diagnóstica.
Especialistas consultados pela CNN alegam que o Brasil nunca teve uma epidemia da doença da “vaca louca”, como acontece na Europa, nos anos 80 e 90.
A divulgação equivocada da suspeita da doença da “vaca louca” pela Fiocruz surgiu em meio a um outro problema: em setembro, o Brasil registrou dois casos da forma atípica da doença, que surge espontaneamente no animal e não é transmissível. Ainda assim, o governo brasileiro suspendeu preventivamente as exportações para a China, seguindo o protocolo sanitário entre os dois países. As vendas ainda não foram retomadas.
O Ministério da Agricultura aguarda o país asiático concluir uma avaliação técnica.
(Publicado por Evandro Furoni)