Documentário sobre povo Ianomâmi é aposta brasileira para o Oscar
Os costumes, rituais e as lendas levam os espectadores a um olhar antropológico sobre essa comunidade que mora no Brasil
Um documentário brasileiro sobre a sobrevivência do povo indígena Ianomâmi na Amazônia, chamado “A Última Floresta”, é uma das apostas para o Oscar de Melhor Documentário de 2022.
O documentário foi feito com a parceria da comunidade Ianomâmi, em uma aldeia em Roraima.
O diretor, Luiz Bolognesi, revela que depois que chegou lá, se deixou levar pela história que os indígenas queriam contar. O xamã Davi Kopenawa, inclusive, também assina o roteiro, além de ser protagonista.
“Eles decidiram quais histórias contar e eles decidiram criar algumas ficções dentro do documentário. Nós filmamos até sonhos, porque, para eles, o sonho é uma coisa real e muito importante”, disse Bolognesi.
Os costumes, mitos, rituais e as lendas levam os espectadores a um olhar antropológico sobre essa comunidade que mora no Brasil, mas de quem sabemos tão pouco.
Ao mesmo tempo que o documentário traz essa simplicidade quase poética do dia a dia, ele também mostra a realidade urgente do povo Ianomâmi, que vive sob intensa pressão, risco do garimpo ilegal e do desmatamento desenfreado da floresta.
Na próxima edição do Oscar, 238 documentários concorrerão na categoria. A Academia ainda não divulgou quantos filmes foram inscritos para a premiação, mas tudo leva a crer que foram mais de duas dezenas.
Para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro, a indicação é feita pela Academia Brasileira de Cinema. Porém, para a categoria de Melhor Documentário, o filme deve ser inscrito.