Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Xi Jinping quer que China protagonize relações internacionais, avalia professor

    Alexandre Uehara, da ESPM, falou sobre força política que deve levar líder asiático ao terceiro mandato

    Da CNN Em São Paulo

    O objetivo de um eventual terceiro mandato de Xi Jinping será colocar a China no protagonismo das relações internacionais, explicou Alexandre Uehara, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios Asiáticos e professor no Curso de Relações Internacionais da ESPM.

    Uehara explica que a nova resolução do Partido Comunista Chinês (PCCh) traz enorme destaque para Xi e abre caminho para que ele continue no comando do país.

    Segundo o professor, a força do líder chinês dentro do PCCh foi evidenciada na resolução que marca os 100 anos do partido.

    “Percebemos que a situação de liderança que ele tem é muito forte no partido chinês neste momento”, disse o pesquisador em entrevista à CNN.

    “Xi Jinping tem liderança muito importante e isso faz com que tenha consiguido todas as últimas mudanças na China, em particular, no próprio partido chinês, que lhe permitiu o terceiro mandato.”

    Uehara destaca que é preciso ver em médio e longo prazo como essa influência de Xi Jinping refletirá no país asiático.

    “Vamos ver quais são os resultados que virão daqui para frente e se, de fato, as políticas que ele vem implementando vão levar a China a um lugar de ‘sonho chinês’, como ele colocou, ou seja, da China nas relações internacionais de maior protagonismo. Esse é o objetivo que ele tem colocado.”

    Um terceiro mandato de Xi Jinping – secretário-geral do PCCh desde 2012 e presidente da China desde 2013 – é algo sem precedentes na história do país.

    Nesta semana, o partido aprovou uma resolução sobre sua história e conquistas ao longo de 100 anos, mas que foi entendida como uma forma de consolidar ainda mais a autoridade do presidente chinês.

    O documento descreve Xi como o responsável pelo aprofundamento da reestruturação dos sistemas político e econômico da China, iniciado nos anos 1970, e equipara o nome do atual presidente ao de figuras como Mao Tsé-Tung e Deng Xiaoping, os dois maiores líderes do partido desde a sua fundação, em 1921 — reforçando a possibilidade dele seguir no poder.

    (Com informações de Raphael Coraccini e Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo; Produzido por Layane Serrano)

    (Publicado por Sinara Peixoto)