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    Petrobras deve elevar preço do gás natural; especialista fala em desabastecimento

    Empresa diz que negocia novos valores com distribuidoras, mas deve importar insumo -- que sofreu forte alta no exterior com retomada da economia

    Priscila Yazbekdo CNN Brasil Business Em São Paulo

    A Petrobras informou que está negociando novos valores de contratos nas distribuidoras de gás natural. A empresa justifica os novos valores devido à alta do preço internacional do insumo, que subiu cerca de cinco vezes neste ano.

    À CNN, a estatal não especificou qual será o aumento, mas afirmou que os preços do gás natural subiram 500% no exterior. A empresa confirmou que está renegociando os preços com as distribuidoras de gás para os contratos que vão ser renovados a partir de 1º de janeiro.

    Adriano Pires, da Companhia Brasileira de Infraestrutura (CBI), explicou a escalada dos preços.

    O problema principal, segundo ele, é que os contratos de 70% das distribuidoras de gás termina em dezembro. Por isso, elas tentam comprar gás de outros fornecedores que não a Petrobras.

    Porém, esses outros fornecedores só conseguem fornecer cerca de 12% do que elas precisam, logo, as distribuidoras acabam ficando muito dependentes do gás da estatal brasileira.

    O momento é de transição, mas, por enquanto, a Petrobras continua tendo o monopólio do mercado. A empresa diz que não tem gás o suficiente pra atender o mercado nacional e, por isso, precisa importar o insumo.

    O gás subiu muito lá fora, por causa da retomada da economia global e da transição verde — já que o gás , apesar de ser combustível fóssil, é menos poluente que petróleo. Por isso, a Petrobras diz que vai ter que repassar esses aumentos.

    Sobre os impactos para o consumidor, Pires explicou que o gás encanado é usado em cerca de 2% das casas do país, atende automóveis e, também, as indústrias.

    O especialista alerta que, se governo não achar uma solução com Petrobras e com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), corremos o risco de desabastecimento de gás no mercado, em janeiro”, afirmou Adriano Pires.

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