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    Vendas no comércio caem 1,3% em setembro influenciadas pela inflação, diz IBGE

    Resultado veio bem pior que a mediana das expectativas do mercado, que apontavam queda de 0,6 ponto percentual; no mês anterior, setor registrou recuo de 3,1%

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business , São Paulo

    As vendas do comércio varejista brasileiro recuaram 1,3% em setembro, após terem registrado a pior queda do ano no mês anterior, de 3,1%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (11). A escalada da inflação é fator determinante para o cenário, diz o instituto.

    O resultado veio bem pior que a mediana das expectativas do mercado, que apontavam queda de 0,6 ponto percentual.

    Trata-se da segunda queda mensal consecutiva. No ano, o varejo acumula crescimento de 3,8% e nos últimos 12 meses, alta de 3,9%.

    Na comparação com setembro de 2020, a queda foi de 5,5%, também a segunda seguida. No mês anterior, o recuo havia sido de 4,1%.

    A maior contribuição negativa para a atividade do setor, devido à relevância que tem nos cálculos, foi veio do grupo Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%). Esse segmento foi duramente atingido pela escalada dos preços.

    Além dessa, seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em setembro, com destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%), Móveis e eletrodomésticos (-3,5%), Combustíveis e lubrificantes (-2,6%).

    No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 1,1% em setembro, frente a agosto.

    “O impacto negativo veio da queda de 1,7% veículos, motos, partes e peças e de 1,1% em Material de construção, ambos, respectivamente, após variação de 0,3% e queda de 1,2% registrados em agosto”, diz o IBGE.

    Picos negativos

    Desde o início da pandemia, o comércio varejista registrou três picos negativos (abril de 2020, março de 2021, e setembro de 2021) e pelo menos dois picos de altas (outubro e novembro de 2020 e julho de 2021).

    Cada um deles tem uma razão diferente, explica o instituto.

    “Neste último, de setembro de 2021, o fator determinante é a inflação. As mercadorias subiram de preço. O mesmo vale para Hiper e supermercados, mas o fator não se aplica a Tecidos, vestuário e calçados, que passa por deflação gerada pela redução da demanda”, explica o gerente da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), Cristiano Santos.

    Regiões

    Das 27 unidades da federação, 25 registraram queda nas vendas de setembro ante agosto. Os principais destaques são: Mato Grosso do Sul (-3,9%), Santa Catarina (-3,6%) e Rio Grande do Norte (-3,4%).

    Já no comércio varejista ampliado, houve queda em 23 delas, com destaque para: Mato Grosso do Sul (-4,7%), Tocantins (-4,0%) e Maranhão (-3,6%).

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