Sobe para 178 o número de reféns nas prisões do Equador
Forças Armadas fazem operações contra o crime organizado em todo o país
As autoridades equatorianas informaram nesta quinta-feira (11) que 158 agentes carcerários e 20 funcionários administrativos ainda estão detidos nas prisões, elevando o número de reféns para 178.
O Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI) afirmou em sua conta no X, antigo Twitter, que os detidos estão em sete prisões equatorianas: El Oro, Cotopaxi, Loja, Azuay, Tungurahua, Cañar e Esmeraldas.
Crise no Equador
A onda de violência no Equador se intensificou após o líder do grupo criminoso Los Choneros fugir de uma prisão em Guayaquil, no domingo (7). Um dia depois, o presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência no país.
Na tarde de terça-feira (9), um grupo de homens encapuzados e armados invadiu as instalações do canal TC Televisión, de Guayaquil.
O crime foi capturado pela transmissão ao vivo, que mostrou funcionários sendo obrigados a se deitarem no chão. Foi possível ouvir tiros e gritos. Em operação para libertar os funcionários, a polícia prendeu 13 pessoas e apreendeu armas e explosivos.
Ainda na noite de terça, o presidente Daniel Noboa decretou a existência de um “conflito armado interno” no país e instituiu que sejam feitas operações pelas forças de segurança para neutralizar os criminosos.
No texto do decreto, o governo também qualifica como “terroristas e atores não estatais beligerantes” 22 grupos do crime organizado.
Segundo o governo do Equador, mais de 170 agentes penitenciários e outros funcionários são mantidos como reféns por detentos em ao menos cinco prisões do país.
Além disso, diversos ataques e explosões foram registrados, e centenas de pessoas foram detidas.