Empresa aérea que levava Marília Mendonça é investigada após denúncia trabalhista
MPT ponderou, entretanto, que não é possível afirmar que as suspeitas tenham ligação com o acidente envolvendo a cantora
O Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) abriu um inquérito para apurar possíveis irregularidades trabalhistas cometidas pela PEC Táxi Aéreo, empresa responsável pelo avião que caiu e causou a morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas.
Alvos de denúncias por parte dos funcionários, a companhia é investigada por possíveis desrespeitos a jornadas de trabalho e falta de descanso dos pilotos.
A primeira denúncia anônima foi feita em maio deste ano, segundo o procurador-chefe do Trabalho, Alpiniano do Prado Lopes. De acordo com ele, o funcionário afirmou que a empresa não respeitava horários de trabalho e que os pilotos voavam mais do que o número de horas recomendado. O denunciante alegou ainda que a tripulação não tinha lugar adequado para descansar.
Segundo Alpiniano do Prado Lopes, as investigações serão aceleradas devido à morte de Marília Mendonça, nesta sexta-feira (5), após a queda do avião de pequeno porte perto de uma cachoeira na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais.
O MPT de Goiás ouvirá nos próximos dias testemunhas e representantes da empresa. Além disso, o órgão deve pedir documentos complementares para concluir o inquérito. No entanto, o MPT ponderou que não é possível afirmar que as suspeitas tenham ligação com o acidente envolvendo a cantora.
A CNN procurou a empresa PEC Táxi Aéreo, mas, até o momento, não teve retorno.