Presidente do Equador decreta Conflito Armado Interno e operação contra crime organizado
Daniel Noboa também instituiu que 22 grupos do crime organizado sejam identificados como organizações terroristas
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou, nesta terça-feira (9), Conflito Armado Interno após criminosos invadirem um estúdio de TV da rede de notícias TC. A polícia anunciou que 13 pessoas foram presas e que os funcionários da rede de notícias estão vivos. Armas e explosivos foram apreendidos.
Também foi decretado que 22 grupos do crime organizado sejam identificados como organizações terroristas e “atores beligerantes não estatais”. As Forças Armadas equatorianas devem realizar operações militares para neutralizar os grupos armados, ainda de acordo com o documento.
Além disso, foi formado um Conselho de Segurança Pública e do Estado para analisar a situação da segurança do país.
O Ministério da Educação do Equador anunciou que as aulas presenciais estão suspensas em todo o país até o dia 12 de janeiro. Já a Direção-Geral de Aviação Civil pediu que a segurança seja reforçada em instalações aeroportuárias, áreas públicas e imediações.
Serão identificados como terroristas os seguintes grupos:
- Águilas;
- ÁguilasKiller;
- Ak47;
- Caballeros Oscuros;
- ChoneKiller;
- Choneros;
- Covicheros;
- Cuartel de las Feas;
- Cubanos;
- Fatales;
- Gánster;
- Kater Piler;
- Lagartos;
- Latin Kings;
- Lobos;
- Los p.27;
- Los Tiburones;
- Mafia 18;
- Mafia Trébol;
- Patrones;
- R7;
- Tiguerones
Estado de emergência
O presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência por 60 dias na segunda-feira (8), permitindo patrulhas militares, inclusive nas prisões, e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional.
Noboa, filho de um dos homens mais ricos do país, assumiu o cargo em novembro do ano passado, prometendo conter uma onda de violência relacionada ao tráfico de drogas nas ruas e nas prisões que tem crescido há anos.
A medida foi uma resposta à possível fuga de Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos, e a outros incidentes prisionais recentes, incluindo a tomada de guardas como reféns.
*com informações da Reuters e da CNN