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    Helicóptero desaparecido: “Instinto é esperança em ter sobreviventes”, diz especialista

    Aeronave saiu do aeroporto Campo de Marte no domingo (31) e ainda não foi encontrada

    Duda Cambraiada CNN

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (9), nono dia de buscas pelo helicóptero desaparecido no litoral norte de São Paulo, Mauricio Pontes, gestor de crises e investigador de acidentes aeronáuticos da C5i, afirma que, apesar da angústia, “o instinto é preservar a esperança em sobreviventes”.

    “Essa operação se destaca pelo nível de cooperação, coordenação, comando unificado. O que me deixa bastante confortável é que as operações prosseguem e os recursos continuam sendo empregados. Acredito que eles estejam fazendo um bom trabalho”, afirma o especialista.

    Para Mauricio, as melhores mentes do país estão reunidas para achar o helicóptero. “A informação que chega no centro de crises não é perfeita, mas é a melhor informação disponível. A partir dessas informações que vão chegando, as melhores decisões possíveis são tomadas”.

    PM diz ainda ter esperanças

    Na tarde desta segunda-feira (8), o major Cesar Augusto Silva, porta-voz do Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo, afirmou que a PM ainda mantém esperança de encontrar as quatro pessoas com vida.

    “Nossa crença, de verdade, é que a gente ache essas pessoas ainda com vida. A gente tem ainda essa esperança. O compromisso da Polícia Militar é com a vida”, disse.

    Ele pediu para que os moradores do litoral norte e do Vale do Paraíba que tenham visto algum sinal da aeronave entrem em contato com a polícia.

    “Essas informações [enviadas pela população local] são fundamentais. As pessoas da região conhecem melhor a região. Em algumas situações, pousamos com a aeronave para entrevistar as pessoas, fazer uma análise crítica e, a partir dessas informações, fazer uma definição de novas áreas de busca”, comentou.

    A PM disse que já completou 50 horas de voo em busca do helicóptero desaparecido.

    Familiares mantém otimismo

    “Tenho 99% de certeza que elas estão vivas. Porque elas são muito fortes, guerreiras. Se tiver que ficar 10 dias sem comer, elas vão ficar”, relata Silvia Santos, irmã de Luciana Marley Rodzewics Santos, 46 anos, e tia de Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, que estavam no voo.

    [cnn_galeria active=”5470312″ id_galeria=”5580772″ title_galeria=”Veja fotos: família das passageiras do helicóptero desaparecido”/]

    A mãe e avó das desaparecidas, Neusa Rodzewics, desabafa sobre a angústia da falta de notícias, mas mantém a esperança de reencontrar mãe e filha vivas. “É muito angustiante viver sem uma resposta, sem saber o que está acontecendo. Estou vivendo à base de remédio, está muito difícil de raciocinar, mas eu não perdi as esperanças. Eu creio que elas vão voltar”.

    “Se ela falar que vai ficar uma semana sem tomar água, ela fica. Ela consegue, ela tem uma fé tão grande que ela consegue. E, através dessa fé, eu creio que ela esteja viva, se mantendo em pé devido à fé”, acrescentou a avó.

    Neusa criticou a atitude do piloto, Cassiano Tete Teodoro, 44 anos. “Por que o piloto não ficou lá e não pediu ajuda? Por que ele tinha que sair dali? Por que ele quis voar se não tinha combustível? Ele tinha que ter ficado lá e ter esperado socorro, já teria resolvido tudo isso”, desabafa.

    Além de Luciana, Letícia e do piloto da Cassiano, o empresário Raphael Torres, 41, também estava a bordo. Ele chegou a mandar uma mensagem para o filho dizendo que o tempo em Ilhabela estava ruim e relatou que o comandante tentaria fazer um pouso na cidade vizinha de Ubatuba.

    Investigações

    Nesta terça (9), completam nove dias de buscas pelo helicóptero que desapareceu em São Paulo. A aeronave deixou o aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, na tarde do dia 31 e tinha como destino a cidade de Ilhabela, no litoral norte. Com mau tempo na região, o piloto relatou dificuldade para concluir o voo e chegou a fazer um pouso de emergência antes de sumir do radar.

    A Polícia Civil utiliza dados da localização dos celulares das quatro pessoas que estavam a bordo da aeronave para tentar localizar pistas que solucionem o mistério. Segundo a polícia, a última localização de aparelho de um dos desaparecidos foi registrado na região de Paraibuna, interior de São Paulo.

    A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informa que, após autorização judicial, agentes da Unidade de Inteligência do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) tiveram acesso à localização de antenas (ERBs) dos celulares do piloto e dos passageiros. O objetivo é tentar localizar a aeronave e os ocupantes dela.

    Também participam da operação de resgate equipes da Polícia Militar e da Força Aérea Brasileira (FAB).

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