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    Bancos e cooperativas demandam R$ 654,5 mi para cafezais atingidos por geadas

    Maior demanda foi apresentada pelo Banco do Brasil, com R$ 164,5 milhões, mostraram os dados

    Nayara Figueiredoda Reuters

    Bancos e cooperativas apresentaram demanda de R$ 654,5 milhões referente à linha de crédito do governo federal para conceder a produtores que tiveram cafezais atingidos por geadas neste ano, informou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira (4).

    O volume representa 49% do total de R$ 1,3 bilhão em recursos reservados do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para cafeicultores de Minas Gerais, São Paulo e Paraná afetados pelo problema climático, conforme levantamento da Secretaria de Política Agrícola do ministério.

    “A partir da sistematização dessas demandas e assinatura dos contratos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os recursos estarão disponíveis para os agentes financeiros na próxima semana”, disse a pasta.

    Segundo a análise, dos 34 agentes financeiros que operam com o Funcafé, nove bancos comerciais solicitaram R$ 338,8 milhões, enquanto dois bancos cooperativos e dez cooperativas de crédito demandaram outros R$ 315,7 milhões. A taxa de juros é de 7% ao ano.

    A maior demanda foi apresentada pelo Banco do Brasil, com R$ 164,5 milhões, mostraram os dados. Na sequência, aparece a Cooperativa Central Crediminas, com solicitação de R$ 82,98 milhões. O banco cooperativo Sicoob solicitou R$ 80 milhões. O banco Rabobank, o BTG Pactual e o Sicoob Coopacredi também estão entre os destaques com R$ 60 milhões cada.

    “Os recursos que não foram demandados, cerca de R$ 665 milhões, serão, posteriormente, redistribuídos para as demais linhas de crédito do Funcafé (custeio, comercialização, aquisição de café e capital de giro)”, ressaltou o ministério.

    Uma prolongada seca e as geadas de julho podem resultar em perdas significativas para a próxima safra de café do Brasil.

    Somente em Minas Gerais, principal estado produtor de café, estima-se que os danos atingiram cerca de 19% das áreas da cultura, o equivalente a 173,68 mil hectares, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG).

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