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    A aliados, Lira avaliou que ida ao ato de 8 de janeiro criaria tensão na Câmara

    Nos bastidores, presidente da Câmara teria argumentado que presença nos atos em Brasília poderia dificultar articulação da agenda governista

    Clarissa Oliveirada CNN , São Paulo

    Alegando questões familiares para se ausentar do ato que marca um ano do 8 de janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confidenciou a pessoas próximas que avaliou que sua ida ao evento poderia acirrar demais os ânimos na Casa.

    Lira, contou um interlocutor à CNN, entendeu que a polarização política ficou mais intensa por conta da data, o que poderia até mesmo complicar a articulação de projetos importantes no Congresso.

    Lira, de acordo com o interlocutor, entendeu que seria cobrado por parlamentares bolsonaristas, dado que o evento de desta segunda-feira (8) em Brasília acabou adotando o tom do governo a respeito dos ataques às sedes dos Três Poderes.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que fossem convidados todos os governadores e prefeitos de capitais. Mas chefes de executivos mais alinhados a Jair Bolsonaro (PL) decidiram se ausentar dos atos de hoje.

    De acordo com o aliado, Lira argumentou que o cenário poderia até mesmo dificultar a articulação da agenda governista no Congresso. A fonte não soube precisar se Arthur Lira chegou a conversar com o presidente Lula antes de desmarcar sua presença no evento, que ocorre em Brasília.

    No entorno de Lula, a avaliação é que a ausência de Lira joga contra o esforço do Planalto para dar caráter institucional ao ato. Apesar de diversos governadores terem indicado que não iriam participar do evento, o argumento de pessoas próximas ao presidente é que a presença dos chefes dos Três Poderes compensaria qualquer ausência.

    Um aliado de Lula, sob reserva, também atribuiu a ausência de Lira ao fato de o presidente ter dado protagonismo maior ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “É ciumeira”, alfinetou.

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