Criança desaparecida no Rio: principal suspeita da polícia é de afogamento
Pai de Edson Davi discorda sobre sumiço no mar; nenhuma linha de investigação é descartada pelos policiais
A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que o menino de 6 anos desaparecido na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (4) pode ter sido vítima de afogamento.
Uma das testemunhas ouvidas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) informou que viu Edson Davi da Silva Almeida entrar no mar por três vezes enquanto jogava futebol com outra criança na tarde em que sumiu.
Em outro depoimento aos investigadores, uma pessoa relatou que a criança teria pedido uma prancha emprestada para entrar na água. O pedido, no entanto, não foi atendido, porque o mar estava revolto.
Já um colega de trabalho do pai do menino disse que também teria falado para ele sair da água por causa das condições do mar. Além disso, de acordo com a polícia, o próprio pai chamou a atenção de Edson Davi.
Em conversa com a CNN, o pai do menino, Edson dos Santos Almeida disse, mais uma vez, que não acredita na hipótese do afogamento.
“Todo mundo conhece ele aqui [na praia] e sabe que ele não gosta de água. Ele estava na beirinha do mar, mas não entra na água. Ele sempre fica brincando na areia”, afirmou.
Ainda de acordo com o comerciante, que não conseguiu voltar às atividades desde que o filho sumiu, as buscas não podem parar também em terra firme. “A gente tem que fazer busca por terra, procurar as câmeras… Eu recebi uma ligação agora que a polícia recebeu todas as câmeras da Barra. Precisa acompanhar o trajeto [feito naquela tarde]”, opinou.
O menino estava na praia com o pai, que tem uma barraca na areia, quando sumiu. A mãe da criança havia levado o irmão mais novo, de 2 anos, a uma consulta médica. Imagens de câmeras de monitoramento da orla divulgadas pela polícia mostraram Edson Davi circulando sozinho pelo calçadão por cerca de 100 metros.
Em outro momento, o menino está perto das mesas de um quiosque quando um homem, identificado como alguém que trabalha na região e que era conhecido da família, se aproxima. Eles conversam por alguns instantes e logo depois, voltam para a areia. De acordo com a DDPA, depois desse momento não há mais imagens da criança no calçadão.
A investigação está em andamento e, apesar de não haver indícios de que a criança tenha saído da areia, nenhuma linha de investigação foi descartada. Até agora a Polícia Civil não tem suspeitos, uma vez que as gravações mostram a criança sozinha quase o tempo todo.
Os investigadores também apuram todos os relatos de crianças semelhantes e nenhum se mostrou verídico. Polícias de outras unidades da federação estão em colaboração neste caso. As buscas a Edson Davi continuam e contam com o apoio do Serviço Aeropolicial e do Corpo de Bombeiros.
Desde a madrugada de sexta-feira (5), os militares procuram a criança em toda a orla da praia da Barra da Tijuca, do Recreio dos Bandeirantes, em Guaratiba e Sepetiba.
Cerca de 40 bombeiros participam das buscas, entre guarda-vidas e mergulhadores. Eles contam com o apoio de quatro viaturas, além de helicóptero, drone, e quatro embarcações, incluindo botes infláveis e motos-aquáticas, além de um sonar do tipo Side Scan.
As buscas são feitas em uma área de 18 quilômetros e são feitas por terra, água e ar.
“O Corpo de Bombeiros RJ mantém contato permanente, dando todo apoio para a família. Toda informação passada é utilizada e influencia nas medidas tomadas, a fim de tornar as buscas mais eficientes”, diz a corporação.