Ricardo Baronovsky: PEC dos Precatórios beneficia Bolsonaro eleitoralmente
No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (3), o comentarista falou sobre a expectativa para a votação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados
No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (3), o comentarista Ricardo Baronovsky analisou a expectativa para a votação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados.
O governo federal tem pressa em aprovar a proposta, que libera espaço fiscal para viabilizar o Auxílio Brasil, de R$ 400. O Planalto tem feito, nos últimos dias, uma força-tarefa para que deputados federais compareçam hoje ao plenário. De acordo com apuração do analista de política da CNN Gustavo Uribe, lideranças informaram que houve a indicação de liberação de emendas e cargos para convencer o comparecimento dos parlamentares e, na tentativa de tentar aprovar a PEC, o governo também teria acenado aos governadores da oposição.
Baronovsky analisou: “O precatório está no coração da Constituição e regula um sistema de pagamento das condenações do poder público. É o famoso “ganhei, mas não levei”. Eis que surge essa PEC, que é uma proposta para alterar a Constituição. Será preciso ter uma votação com 308 deputados federais, e depois no Senado, em dois turnos, precisa de uma aprovação de 49 senadores. Isso já foi adiado outras vezes e o bastidor indica que ainda não há esse quórum qualificado. Esse presidencialismo de coalizão, esse convencimento que se faz com os parlamentares tem uma tônica muito forte: o ano da eleição.”
“Isso porque uma vez aprovada essa PEC dos Precatórios, que estende o teto de gastos, se torna eleitoralmente muito favorável para Jair Bolsonaro, que tem um ano de eleição pela frente, ou seja, vai ganhar 17 milhões de votos de confiança dessas pessoas que seriam beneficiadas pelo Auxílio Brasil. Essa é a polêmica, e a oposição não vai deixar passar isso com folga.”
O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.
(Publicado por: André Rigue)
