Crise de contêineres atinge exportações brasileiras
Segundo especialistas, fretes marítimos devem ser normalizados apenas em 2022
Aproximadamente 18 meses após o início da pandemia de Covid-19, o transporte marítimo global ainda está em crise, com atrasos surgindo durante o pico do período de compras de final de ano e já afetando as exportações brasileiras, especialmente o agronegócio.
Os sucessivos fechamentos de portos durante a pandemia e os altos custos do frete internacional contribuíram para a alta de preços e causaram cancelamentos e atrasos.
As filas de navios carregados têm se espalhado pelas faixas litorâneas da China, dos Estados Unidos e de diversos países da Europa.
No Brasil, não há filas de embarcações, mas o país também não tem encontrado contêineres e navios para o transporte de mercadorias.
Os entraves logísticos para o embarque de mercadorias têm prejudicado diretamente a comercialização de café verde no país. O setor registrou, em setembro, queda de 29,6% na exportação de sacas de 60kg, em comparação ao mesmo mês em 2020.
Outros setores, como o de calçados, observam o impasse logístico gerar mais um impacto negativo: a alta dos preços. O frete do contêiner com matéria prima subiu de US$ 3.000 para US$ 10.000.
A crise está sendo observada em Brasília. A frente parlamentar da agropecuária se reuniu com os ministérios da Economia, da Infraestrutura e da Agricultura. Deve haver um encontro em novembro com transportadores marítimos para, quem sabe, resolver o entrave.
Segundo especialistas, fretes marítimos devem ser normalizados apenas em 2022.