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    A aliados, Bolsonaro ironizou entrevista de Moraes e lembrou facada

    “Se tem alguém que foi atacado, fui eu", disse o ex-presidente a um interlocutor; ministro do STF afirmou que manifestantes queriam enforcá-lo na Praça dos Três Poderes

    Clarissa Oliveira

    O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu com um misto de ironia e descrença às declarações feitas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do 8 de janeiro.

    Logo cedo, Bolsonaro, enquanto estica o descanso de fim de ano em Angra dos Reis, foi alertado por aliados sobre as falas do ministro ao jornal O Globo e à revista Veja.

    O ex-presidente, segundo relato de um interlocutor, debochou especificamente as falas de Moraes sobre supostos planos para atacá-lo e mesmo assassiná-lo.

    “Se tem alguém que foi atacado, fui eu, inclusive tomei uma facada”, disse Bolsonaro ao telefone, segundo o relato, relembrando a facada de que foi alvo em Juiz de Fora, durante a campanha presidencial. “Caso, inclusive, [que] não foi solucionado até agora”, emendou o ex-presidente.

    Bolsonaro, ainda de acordo com o interlocutor, teria “concordado” com um único trecho das entrevistas do ministro – o que menciona os ataques e ameaças feitas contra familiares.

    Nos bastidores, o time bolsonarista se empenhou em minimizar as declarações de Moraes sobre os planos golpistas mencionados por eles e a vinculação dos mesmos ao bolsonarismo.

    Aliados do ex-presidente atribuíram as ameaças a trocas de mensagens em redes sociais. Também mencionaram nas conversas reservadas que nada conversado no entorno de figuras como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid se assemelha aos ataques descritos pelo ministro do STF.

    Bolsonaro está em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde estica a folga de fim de ano. Segundo aliados, ele ficará longe de Brasília no 8 de janeiro, podendo permanecer no litoral até o fim do mês.