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    Thiago Anastácio: Vender ações da Petrobras não garante queda de preços no país

    No quadro Liberdade de Opinião, comentarista analisou possibilidade de estatal deixar de ter o governo como principal acionista

    Da CNN , Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (26), o comentarista Thiago Anastácio repercutiu a informação de que o governo federal estuda um projeto de lei para viabilizar a privatização da Petrobras. A intenção inicial é vender as ações da estatal e, com isso, deixar de ser o principal sócio da companhia. A medida foi informada com exclusividade pela CNN.

    “A Petrobras é uma empresa com dois tipos de papéis (ações). 36% dos papéis estão na mão do governo. Já dos papéis fundamentais, que dão direito a voto e a assento no conselho da Petrobras, o governo brasileiro mantém mais de 50% deles — exatamente para ter o controle da empresa”, explicou Anastácio.

    “O que se quer agora é vender esses papéis de controle. Se estamos nessa situação, com preços subindo sem se olhar para o povo, vamos abrir mão desse controle para companhias internacionais, para o setor privado? Qual compromisso elas teriam com povo brasileiro e com preços de compra para ele?”

    “E aí vem o grande drama: diminuímos a capacidade de refinar os derivados do petróleo. Com isso, começamos a importar petróleo. Nós, que seríamos autossuficientes, agora precisamos importar, mas importamos em dólar. E como fica com dólar a R$ 6 essa importação? Óbvio que cai no bolso do povo brasileiro”, disse o comentarista.

    “A situação é muito grave porque estamos perdendo o controle e a capacidade de olharmos para o povo, entendermos o que ele precisa e darmos bons preços. Isso porque estamos cada vez mais olhando para uma sabotagem onde muita gente ganha dinheiro.”

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Gisele Soares. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    Thiago Anastácio no quadro Liberdade de Opinião / CNN Brasil (26.out.2021)

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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