Olheiros do tráfico são presos durante ocupação da PM na Cidade de Deus (RJ); ação segue nesta quinta
Corporação também retirou cerca de cinco toneladas de barricadas da comunidade
A Polícia Militar prendeu, nesta quarta-feira (3), dois homens na comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. A região é alvo de uma ocupação da Polícia Militar que tem previsão de durar 24h, ou seja, até a manhã desta quinta-feira (4).
Segundo a PM, os suspeitos são apontados como olheiros do tráfico de drogas. O primeiro foi encontrado na Travessa do Sal, na localidade chamada Novo Mundo. O segundo foi preso na Avenida Ezequiel. Com eles, foram apreendidos dois rádios transmissores e fogos de artifício.
Além disso, cerca de cinco toneladas de barricadas foram retiradas da comunidade. Os materiais estavam na Rua José de Arimatéia, Avenida Cidade de Deus do lado do Karatê, Rua Jericó, Rua Zozimo do Amaral, Rua Judeia e Rua Otávio Coimbra. Um carro e três motos roubadas foram recuperados, além da apreensão de 45 tabletes de maconha e 95 trouxinhas de maconha na localidade conhecida como Caminho do Outeiro. Os casos foram registrados na 32ªDP (Taquara).
O objetivo da operação, realizada por equipes do 18º BPM (Jacarepaguá), com apoio do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (GESAR) e do Batalhão de Ação de Cães (BAC), é combater ações criminosas, retirar barricadas e recuperar veículos roubados e/ou clonados.
A Cidade de Deus é uma das maiores comunidades do Rio e, segundo investigações, é usada como uma das bases da facção do Comando Vermelho.
Por causa da operação, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que o Centro Municipal de Saúde Hamilton Land e a Clínica da Família Lourival Francisco de Oliveira suspenderam o funcionamento na manhã desta quarta para segurança de profissionais e usuários.
Já a Clínica da Família José Neves manteve o atendimento à população, mas suspendeu as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares.
Por causa das férias escolares, a Secretaria Municipal de Educação disse que não houve impactos.
Com informações de Carolina Figueiredo