Brasil condena ataque que matou mais de 100 pessoas no Irã e repudia terrorismo
Caso aconteceu próximo ao cemitério onde está enterrado o comandante militar Qasem Soleimani
O governo do Brasil publicou uma nota repudiando o ataque que deixou mais de 100 pessoas mortas no Irã nesta quarta-feira (3). As duas explosões próximas ao cemitério onde está enterrado o comandante militar Qasem Soleimani também deixaram ao menos 188 feridos.
“Ao expressar suas condolências aos familiares das vítimas e sua solidariedade ao povo e ao governo da República Islâmica do Irã, o Brasil reitera seu mais firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo”, pontua a nota.
O caso aconteceu no quarto aniversário da morte de Soleimani, que foi assassinado em um ataque aéreo dos Estados Unidos ordenado pelo ex-presidente Donald Trump no Aeroporto Internacional de Bagdá, e ameaça aumentar as tensões na região.
Pelo menos uma das explosões teria sido causada por uma bomba, disse a TV estatal.
A primeira explosão ocorreu a 700 metros do túmulo de Soleimani, e a segunda a um quilômetro de distância, quando peregrinos visitavam o local, acrescentou a rede de notícias IRNA.
Nenhum grupo assumiu ainda a responsabilidade pelas explosões. O Irã declarou esta quinta-feira (4) como dia de luto.
Vídeos publicados na imprensa estatal iraniana mostraram multidões correndo na área após a explosão, assim como corpos ensanguentados sendo transportados e ambulâncias saindo do local em meio às pessoas.
Anteriormente um dos homens mais poderosos do Irã, Soleimani era chefe da Força Quds dos Guardas Revolucionários, uma unidade de elite que gere as operações do Irã no exterior e foi considerada uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos.
O Pentágono ressalta que Soleimani e as suas tropas foram “responsáveis pela morte de centenas de militares americanos e da coalizão e por ferir milhares de outros”.
Conhecido como o “comandante sombra” do Irã, Soleimani, que liderava a Força Quds desde 1998, foi o cérebro das operações militares iranianas no Iraque e na Síria.