Alckmin deixa bicicletas elétricas de fora do programa de Mobilidade Verde
Em setembro, vice-presidente havia prometido ao setor que incluiria as bicicletas elétricas e chegou a comemorar nas redes sociais
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) descumpriu uma promessa e deixou de fora as bicicletas elétricas do programa de Mobilidade Verde, anunciado pelo governo federal.
O programa foi criticado por voltar a dar subsídios para a indústria automotiva e elevar a tarifa de importação de carros elétricos, tem o mote da mobilidade verde.
Em setembro, Alckmin havia prometido ao setor que incluiria as bicicletas elétricas e chegou a comemorar nas redes sociais. “Gol de bicicleta! Vamos incluir a bicicleta elétricas no novo Rota 2030”.
Mas quando a medida finalmente foi publicada o setor ficou de fora. Alckmin foi lembrado nas redes sociais por Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike, que reúne os fabricantes de bicicletas.
Ele contou à CNN que recebeu um telefonema da chefia de gabinete de Alckmin de que o assunto seria checado na Casa Civil. “Falta interesse político de realmente fazer políticas públicas para um setor que não polui”, disse Guth.
Procurado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) respondeu que o “Mover” é um programa comprometido com a redução das emissões de CO2 no eixo da mobilidade, que não apenas mantém os segmentos de veículos de passeio e SUVs — já contemplados pelo Rota 2030 —, como também passa a incluir ônibus e caminhões.
A nota acrescenta ainda que, de modo gradual e planejado, O MDIC manterá diálogo permanente com o setor de bicicletas bem como com todo o setor produtivo ligado às novas rotas tecnológicas de mobilidade para construir políticas de fortalecimento e contribuir para a descarbonização/eficiência energética, inovação e adensamento das cadeias produtivas brasileiras.