Nossa principal preocupação são as reformas, diz economista da Firjan
À CNN, Jonathas Goulart afirmou que discussão sobre furar o teto de gastos se deve à rigidez do Orçamento
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (22), Jonathas Goulart, gerente de estudos econômicos da Firjan, afirmou que a principal preocupação das indústrias nesse cenário de apreensão da economia brasileira são as reformas.
“Essa discussão que estamos vivendo de furar o teto é uma discussão que existe também por conta da rigidez do Orçamento. Por isso, se a gente, sobretudo, não avançar, por exemplo, com a reforma administrativa, vamos continuar sempre com essa discussão”, disse Goulart.
De acordo com o economista, a reforma administrativa trará mais racionalidade para os gastos públicos. “E como é que financiamos isso? Precisamos de uma racionalidade tributária porque senão vamos passar sempre discutindo uma política fiscal que, às vezes vai e sempre acaba recuando.”
Goulart afirma que a reforma tributária é uma das mais complexas de ser feita, mas o ambiente é extremamente propício. Para Goulart, poderia-se, pelo menos, “correr com a reforma administrativa”, e, assim, resolver a questão da rigidez orçamentária.
Na quinta (21), quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão, entre eles Bruno Funchal, secretário do Tesouro e Orçamento, e Jeferson Bittencourt secretário do Tesouro Nacional. Apesar de o motivo alegado ter sido “questões pessoais”, a motivação teria sido a discordância sobre o valor de R$ 400 do Auxílio Brasil e a fonte de custeio.
Na quarta (20), o ministro Paulo Guedes declarou que considerava alocar R$ 30 bilhões fora do teto para bancar os R$ 400 do novo auxílio.
(*com informações de Ana Carolina Nunes e Anna Russi, da CNN)