Vendas de terrenos na China despencam pelo 2º mês com crise do setor imobiliário
Queda ocorre após regulamentações mais rígidas sobre empréstimos por incorporadoras privadas diminuírem cada vez mais a demanda por terrenos
As vendas de terrenos do governo chinês despencaram pelo segundo mês em meio ao rápido arrefecimento do setor imobiliário, conforme as incorporadoras com pouco dinheiro permaneciam de fora, aumentando a pressão sobre as autoridades locais que dependem de tais leilões para obter renda.
O valor das vendas de terrenos em todo o país caiu 11,15% para 570,3 bilhões de iuanes (US$ 89 bilhões) em relação ao ano anterior, de acordo com cálculos da Reuters feitos a partir de dados do Ministério das Finanças divulgados nesta sexta-feira (22), após recuar 17,5% em agosto.
A queda ocorre no momento em que regulamentações mais rígidas sobre empréstimos por incorporadoras privadas desde o verão de 2020 têm diminuído cada vez mais a demanda por terrenos, após atingir um recorde no ano passado.
As vendas de terrenos chegaram a 8,4 trilhões de iuanes em 2020, o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) anual da Austrália, o que ajudou a estabilizar as economias locais em um ano de pandemia.