Comitê científico de SP vai sugerir máscara obrigatória em hospitais pós-pandemia
Segundo Gabbardo, o estudo está em fase final e será apresentado em breve ao governador.
O Comitê Científico de Combate à Pandemia no Estado de São Paulo pretende sugerir ao governo paulista a obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes com alto risco de contágio, mesmo após o final da pandemia.
Os médicos que fazem parte do grupo estudam a possibilidade de manter a necessidade de uso da proteção em instalações hospitalares, transportes públicos e espaços de grande aglomerações.
Segundo o coordenador-executivo do comitê, João Gabbardo, o estudo está em fase final e será apresentado em breve ao governador João Doria (PSDB).
Fontes ouvidas pela CNN explicaram que a medida, que pode ser estendida para transportes públicos, ajudaria a reter o avanço de outras doenças, como a Influenza.
Gabbardo completou afirmando que a posição do Comitê Científico de São Paulo é de não flexibilizar a utilização das máscaras, por enquanto, “apesar de os números estarem muito positivos”.
“Estamos passando por uma transição de flexibilizações importantes, volta às aulas, presença obrigatória dos alunos, presença de público em eventos esportivos e culturais. Precisamos acompanhar o impacto dessas modificações nos nossos indicadores”, disse.
Gabbardo ressaltou que setores como o de eventos têm se manifestado de forma contrária à flexibilização. “Todos têm receio de ter que retroceder”, concluiu.
Ocupação de leitos
Dados da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo apresentados pelo secretário Jean Gorinchteyn apontam que a ocupação dos leitos de UTI nos hospitais privados foi revertida em comparação ao auge da pandemia. Segundo o secretário, 80% da rede privada tem 20% dos seus leitos ocupados.
Na rede pública, a taxa de ocupação das UTIs é de 28% em todo o estado e de 36,03% na Grande São Paulo, com 1.841 pessoas alocadas nos leitos de tratamento intensivo. Segundo a Secretaria, o número significa uma redução de quase 3 mil pessoas em relação ao registrado no pico da primeira onda, e de mais de 9 mil a menos que o registrado no auge da segunda onda.