Sintomas do bruxismo se agravam por preocupações com a pandemia, diz estudo
No quadro Correspondente Médico, Fernando Gomes falou sobre estudo norte-americano que analisou relação da doença com exposição a informações sobre Covid-19
Na edição desta quarta-feira (20) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre a relação dos sintomas do bruxismo com a pandemia de coronavírus.
Dores de cabeça constantes podem ser causadas por essa síndrome do sono ou, também, por uma condição chamada disfunção temporomandibular, conhecida como DTM.
Um artigo publicado pelo Centro Nacional de Informações Biotecnológicas dos Estados Unidos analisou quase 2 mil pessoas na Polônia e em Israel para detectar o efeito da pandemia nos casos de bruxismo e DTM.
Os pesquisadores perguntaram, por exemplo, quantas vezes a pessoa acessava a internet para se informar sobre a evolução da Covid-19 no mundo. A conclusão foi que o bruxismo e a DTM tendem a se agravar conforme as preocupações com a pandemia aumentam.
“Acaba sendo uma válvula de escape natural, que muitas vezes não percebemos e acabamos fazendo, que é o morder”, disse Fernando Gomes. “Quando isso acontece no período do sono, é o bruxismo, que traz alterações importantes, sendo uma delas a dor de cabeça.”
O médico explicou que o intenso trabalho muscular da mandíbula impacta no crânio, provocando fortes dores de cabeça. “Mas isso é só uma parte do que pode causar o bruxismo. Além das dores de cabeça, podem ocorrer dores na mandíbula, recessão gengival, desgaste dos dentes e o sono ser prejudicado.”
(*Com informações de Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo)