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    Thaméa Danelon: Existem verdades nos ataques de Ciro Gomes a Lula

    No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (15), a comentarista avaliou a troca de farpas entre Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

    Da CNN Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (15), a comentarista Thaméa Danelon avaliou a troca de farpas entre Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A tensão começou após o pedetista dar uma declaração dizendo que Lula teria conspirado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

    “Não é porque esses políticos e pré-candidatos fazem parte do mesmo espectro ideológico de esquerda que não possam discordar. Destaco outras falas de Ciro Gomes. Ele diz que outras alianças feitas pelo ex-presidente Lula, como com Renan Calheiros e Sérgio Cabral, seriam uma tentativa para assaltar de novo o Brasil, e há uma certa verdade nessa fala. Isso porque ocorreu de fato um assalto à Petrobras. Mais de R$ 40 bilhões foram desviados da estatal. A própria Petrobras consignou nos seus balanços que foram pagos R$ 6 milhões em propina. Por isso, de fato, concordo com Ciro Gomes de que possivelmente a intenção seria assaltar a Petrobras e outras empresas públicas, como a Caixa Econômica Federal e a Eletronuclear”, disse a comentarista.

    “Lembrando também que Lula foi condenado em dois processos, em mais de 20 anos, pelas práticas de lavagem de dinheiro e corrupção. Mas, infelizmente, o Supremo Tribunal Federal anulou os processos. Entretanto, a anulação foi por questões processuais e não apaga todos os crimes de corrupção praticados não só pelo ex-presidente Lula, mas por diversos outros políticos e empresários.”

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Thaméa Danelon. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    Thaméa Danelon
    Thaméa Danelon / CNN Brasil (15.out.2021)

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

    Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Lula , enviou um “pedido de resposta” para rebater as declarações de Thamea Danelon à CNN em 15 de outubro. “Ao contrário do que afirmou nesta emissora a procuradora da República Thamea Danelon a defesa do ex-presidente Lula venceu 100% dos casos até agora analisados pela Justiça — reafirmando a situação de plena inocência do ex- presidente e recuperando todos os seus direitos políticos”, escreveu Zanin.

    “Registre-se, por fim, que a mera atuação da procuradora da República Thamea Danelon como comentarista de um programa de TV já seria o suficiente para revelar uma atuação incompatível com a Constituição da República — que somente autoriza atividade de magistério para os membros do Ministério Público. O uso dessa atuação pela mesma procuradora da República para veicular fake news torna a situação ainda mais grave e não deveria ser aceita pela CNN em prol do bom jornalismo e do dever da verdade, além de merecer as apurações cabíveis pelos órgãos de controle e fiscalização do Ministério Público.”

    A procuradora Thamea Danelon participou do quadro Liberdade de Opinião como convidada, e não como contratada da emissora. Durante a participação Thamea disse: “Lembrando também que Lula foi condenado em dois processos, em mais de 20 anos, pelas práticas de lavagem de dinheiro e corrupção. Mas, infelizmente, o Supremo Tribunal Federal anulou os processos. Entretanto, a anulação foi por questões processuais e não apaga todos os crimes de corrupção praticados não só pelo ex-presidente Lula, mas por diversos outros políticos e empresários”.

    A CNN procurou a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF) e questionou: É correto dizer que Lula foi condenado em dois processos, em mais de 20 anos, pelas práticas de lavagem de dinheiro e corrupção? É correto dizer que o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações por questões processuais, e não pelo mérito de eventuais crimes de corrupção praticados pelo ex-presidente Lula?

    A resposta do STF: “É correto dizer que o supremo anulou as condenações por considerar que ele não deveria ter sido julgado no Paraná, sem analisar o mérito dos crimes, ou seja, sem absolver”.