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    IPCA-15 sobe 0,40% em dezembro e fecha ano em 4,72%, diz IBGE

    Alta de passagens aéreas tiveram maior impacto no mês

    João Nakamurada CNN* , São Paulo

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,4% em dezembro, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28). O indicador é considerado a prévia da inflação oficial do país.

    Especialistas consultados pela Reuters esperavam alta de 0,27% no mês.

    A alta no mês de dezembro foi puxada pelo setor de Transportes, que subiu 0,77%, ante alta de 0,18% em novembro. No mês anterior, o IPCA-15 apresentou alta de 0,33%.

    O índice fecha o ano em alta de 4,72%, patamar que colocaria a inflação dentro do teto da meta, de 4,75%. Em dezembro de 2022, a taxa foi de 0,52%.

    Dos nove grupos pesquisados, sete registraram alta no mês. Além de Transportes, os grupos Alimentação e bebidas (0,54%) e Habitação (0,48%) estão entre as principais altas do período.

    Entre as quedas de dezembro, estão o grupo Artigos de residência (-0,15%) e Comunicação (-0,46%), que caiu pelo quarto mês consecutivo.

    O impacto de Transportes na aceleração de dezembro foi de 0,16 ponto percentual, sendo 0,09 p.p. do subitem passagem aérea, que subiu 9,02%, o maior impacto individual no mês.

    Outros subitens do grupo que registraram alta foram táxi (0,83%) e ônibus urbano (1,91%). O IBGE destaca a alta de 6,67% em São Paulo nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público; após queda de 6,25% no mês anterior devido a gratuidade da tarifa nos dias do Enem.

    No grupo Alimentação e bebidas, a alta na alimentação no domicílio (0,55%) foi puxada principalmente pelo encarecimento dos preços da cebola (10,63%), da batata-inglesa (10,32%), do arroz (5,46%) e das carnes (0,65%).

    Já o grupo Habitação teve alta puxada pelo crescimento dos preços da taxa de água e esgoto (1,43%) e energia elétrica residencial (0,82%), que subiram decorrente de reajustes aplicados em alguns estados.

    *Sob supervisão de Fabio Castanho

    Veja também: Economia brasileira superou projeções em 2023

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