Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Senadores pressionam Rodrigo Pacheco por sabatina de André Mendonça

    Parlamentares insistirão em questão de ordem com base no requerimento do senador Esperidião Amim (PP-SC), que foi enterrado por Vital do Rego

    Da CNN Em São Paulo

    Senadores pretendem questionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para que ele avoque ao plenário a sabatina do ex-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) André Mendonça, indicado a uma vaga ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são da analista de política da CNN Renata Agostini.

    Os parlamentares insistirão em questão de ordem com base no requerimento do senador Esperidião Amim (PP-SC), que foi enterrado por Vital do Rego. Eles argumentam que a interpretação dada por ele para negar o requerimento não está correta.

    O senador Álvaro Dias (Podemos-PR) afirmou que seu partido irá acompanhar a pressão. “Vamos insistir em questão de ordem”, disse. “A prioridade é convencer Pacheco.”

    Situação delicada

    Senadores admitem que a situação de Pacheco é delicada, porque sua dívida com o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) — que tem adiado a análise da indicação de Alcolumbre –, é conhecida.

    Depois de o STF negar o pedido para marcar a sabatina de André Mendonça, a pressão sobre o tema agora estará sobre Pacheco e não sobre Alcolumbre, que foi “empoderado” pela decisão da Corte e afirmou a aliados que pretende segurar a análise do nome do ex-chefe da AGU até 2023.

    Senadores citam nos bastidores uma nova investida no STF caso o convencimento de Pacheco não prospere.

    De acordo com a analista de política da CNN Renata Agostini, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) procurou Alcolumbre nesta quarta-feira para tratar do assunto, e ambos buscaram uma solução para o tema.

    Caminho da conciliação

    Integrantes da articulação do governo tentam o caminho de conciliação, e a ideia é tentar um jantar que reúna o presidente Jair Bolsonaro, Alcolumbre e lideranças evangélicas até a próxima semana.

    Pessoas próximas ao presidente da CCJ do Senado ainda duvidam desse caminho, e dizem que ele está muito resoluto em resistir.

    Aliados de Alcolumbre dizem que o jogo que ele está fazendo é de altíssimo risco, porque o parlamentar corre o risco de perder apoio total de evangélicos em seu estado.

    Pesquisa recente feita no Amapá que chegou até o gabinete de Alcolumbre — à qual a CNN teve acesso — indicou rejeição altíssima ao senador, e a equipe do parlamentar pondera que, sem evangélicos, há risco para sua reeleição.

    Alcolumbre é, a princípio, candidato à reeleição no Senado, apesar de haver integrantes do partido que advogam para que ele tente uma eleição como governador do estado. Independentemente do cenário, ele precisará de apoio e votos no Amapá.