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    Coquetel reduz risco de casos graves e mortes por Covid-19, diz AstraZeneca

    Medicamento AZD7442 foi testado em 96 países e diminuiu probabilidade de quadro grave da doença em 50%

    Beatriz Puenteda CNN* Rio de Janeiro

    Um coquetel de anticorpos contra a Covid-19 desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca apresentou resultados considerados “positivos de alto nível” em testes clínicos em voluntários, segundo informações da farmacêutica britânica. O medicamento AZD7442 mostrou uma redução significativa de casos graves e mortes por Covid-19 em pacientes considerados do grupo de risco.

    De acordo com o laboratório, a pesquisa foi conduzida em 96 locais de 13 países, incluindo a testagem em participantes brasileiros. O ensaio também foi realizado na República Tcheca, Alemanha, Hungria, Itália, Japão, México, Polônia, Federação Russa, Espanha, Ucrânia, Reino Unido e EUA.

    Dos 903 voluntários inscritos, 90% eram pessoas com alto risco de progressão para Covid-19 grave, incluindo os pacientes com comorbidades. Nos estudos desse grupo, a probabilidade de desenvolver um quadro grave ou ir a óbito por Covid-19 cai 50% em pelo menos sete dias.

    “Com casos contínuos de infecções graves por COVID-19 em todo o mundo, há uma necessidade significativa de novas terapias como o AZD7442 que podem ser usadas para proteger populações vulneráveis de obter COVID-19 e podem ajudar a prevenir a progressão para doença grave.”, afirmou o professor de medicina da University College London, Hugh Montgomery, e principal pesquisador do medicamento da Astrazeneca.

    Em outra análise do mesmo estudo, os participantes receberam o tratamento dentro de cinco dias do início dos sintomas. O risco de agravamento da doença foi reduzido em 67% com a administração do medicamento logo na fase inicial da doença.

    O coquetel é o primeiro tratamento que chegou a fase de teste em humanos a demonstrar eficácia contra a Covid-19. A AstraZeneca também informou na nota que discutirá os dados do estudo com as autoridades de saúde.

    Em 5 de outubro, a AstraZenaca apresentou um pedido à Food and Drug Administration (FDA), a agência americana que regula o setor de medicamentos e alimentos, para autorizar de em caráter emergencial, a injeção AZD7442 para profilaxia de COVID-19.

    A CNN entrou contato com a Fiocruz, no Brasil, para saber como a Fundação pode auxiliar na pesquisa, mas ainda não obteve resposta. A CNN também aguarda retorno da Anvisa sobre o uso do coquetel no país em caráter emergencial.