Desobrigar o uso da máscara é precipitado, afirma Confederação dos Municípios
Secretários municipais de Saúde têm se manifestado contra a desobrigatoriedade do uso da proteção
Resultado do avanço da vacinação por todo o país, a queda no número de internações por Covid-19 tem colocado em discussão a liberação da obrigatoriedade do uso de máscaras nos municípios brasileiros.
Para a supervisora da área de saúde da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Carla Albert, ainda não é o momento para deixarmos as máscaras. “Neste momento da pandemia ainda considero uma ação precipitada a desobrigação do uso da máscara em espaços públicos e privados”, disse.
Carla afirmou que os municípios têm avançado na vacinação e que a perspectiva para o fim da pandemia é positiva. “Sem dúvidas temos tido o avanço da vacinação, as vacinas chegam nos municípios e eles têm convocado a população. Isso é sem dúvida o grande ponto de diferença na curva de óbitos e novos casos, para a queda vertiginosa desses números”.
A supervisora conta que a testagem em massa, mal executada desde o começo da pandemia, seria o ponto principal para balizar decisões sobre a desobrigação do uso de máscaras no Brasil. “O monitoramento da circulação do vírus deveria ser feito através de testagens. A confederação tem apontado, assim como os meios de comunicação, que a testagem não foi realizada de forma massiva no país”, comentou.
No Rio de Janeiro, a cidade de Duque de Caxias foi a primeira cidade brasileira a desobrigar o uso da proteção, mas teve a decisão derrubada pela Justiça. No entanto, a capital fluminense planeja liberar a população do uso obrigatório ainda em outubro.
“Lamentavelmente ao longo da pandemia e também ao longo da história do Sistema Único de Saúde, às vezes temos essas situações de a gestão estadual ter um entendimento, e municípios terem uma outra. Eu entendo que o gestor que está no município está com o dado no seu maior frescor”, disse a supervisora.
*Sob supervisão de Elis Franco