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    “Zinho virou um incômodo para a própria organização”, diz à CNN Ricardo Cappelli, número 2 da Justiça

    Miliciano mais procurado do Rio de Janeiro se entregou à Polícia Federal na véspera de Natal; ele estava foragido desde 2018 e tem 12 mandados de prisão

    Pedro Venceslauda CNN

    A prisão no domingo (24) de Luis Antonio da Silva Braga, mais conhecido como Zinho, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, abre caminho para a Polícia Federal e Polícia Civil do estado avançarem sobre as conexões políticas do crime organizado.

    “Zinho está ‘foragido’ há 5 anos no bairro dele no Rio de Janeiro. Ele só conseguiu isso porque tem conexões poderosas que o protegem”, disse à CNN o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.

    A prisão do miliciano foi feita por uma força tarefa da Polícia Federal com a Polícia Civil.

    O criminoso se entregou na Superintendência da PF no Rio no fim da tarde de ontem.

    “Zinho se tornou um incômodo para a própria organização e para quem o sustenta politicamente. Ninguém se entrega na véspera de Natal de bom grado. É melhor se entregar do que correr o risco de ser assassinado”, disse Cappelli.

    A prisão do miliciano aconteceu após a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio deflagrarem uma operação que teve como alvo a deputada estadual Lucinha (PSD), que integraria o braço político do grupo.

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