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    Amazônia: desmatamento em setembro de 2021 supera mês em 2020

    Índice de destruição compõe segundo pior setembro desde 2015, aponta monitoramento do Inpe

    Giovanna Bronzeda CNN , em São Paulo

    Em setembro de 2021, a Amazônia Legal registrou 984,61 km² de desmatamento. O acumulado é maior que o registrado no mesmo mês em 2020, de 964,45 km² – e o segundo maior para setembro na história do monitoramento.

    Os dados foram extraídos da plataforma Terra Brasilis. A ferramenta, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), reúne alertas e monitora o desmatamento na região da Amazônia desde 2015 – sendo que os dados do primeiro semestre começaram a ser computados apenas a partir de 2016.

    Segundo a plataforma, 2021 já acumula 7.010,52 km² desmatados. Em comparação de janeiro até o fim de setembro dos anos anteriores, 2020 e 2019 registraram uma área maior desmatada na região da Amazônia Legal, sendo 7.063,14 km² e 7.869,73 km², respectivamente.

    No entanto, 2021 ultrapassou o registrado no mesmo período em 2018 (4.081,22 km²), em 2017 (2.470,18 km²) e 2016 (4.898,54 km²).

    O mês com maior desmatamento na Amazônia em 2021 foi julho, com 1.497,93 km². A área afetada caiu então em agosto, que contabilizou 918,24 km². O desmatamento, então, voltou a crescer em setembro, apresentando aumento de 7,23% para setembro deste ano.

    Em janeiro e fevereiro, 2021 registrou taxas de desmatamento menores do que no ano anterior. Em janeiro, por exemplo, caiu de 284,28 km² em 2020 para 85,74 km² em 2021 – queda de 69,8%. Em fevereiro de 2021, foi registrada a área de 122,8 km² – 33,8% menos do que os 185,73 km² no mesmo período em 2020.

    No entanto, em março deste ano, o desmatamento na Amazônia Legal voltou a crescer. Com 367,61 km² devastados, março de 2021 teve o pior índice para o mês desde 2016. O recorde de agregado mensal também foi repetido em abril (que registrou 580,55 km²) em maio.

    Junho, com 1.062,88 km², também superou o índice mensal de 2020, de 1.043,23 km². Em julho e agosto, com 1.497,93 km² e 918,24 km² respectivamente, tiveram dados menores do que os meses em 2020, de 1.658,97 km² e 1.358,77 km². Agora, em setembro, o agregado de desmatamento superou o índice mensal registrado em 2020.

    Os dados analisados englobam as áreas dentro da região da Amazônia Legal atingidas com desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e mineração.

    Segundo o Inpe, as taxas de desmatamento calculadas são baseadas nas áreas de desmatamento maiores que 6.25 hectares.

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