Fernando Molica: Não dá para falar em terceira via com fusão do DEM e PSL
No quadro Liberdade de Opinião, jornalista repercutiu a criação do União Brasil, que agora tem a maior bancada na Câmara dos Deputados
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (7), o jornalista Fernando Molica analisou a fusão dos partidos DEM e PSL, que foi confirmada e já está mexendo com o cenário político brasileiro. A nova sigla, chamada União Brasil, quer lançar um candidato próprio à Presidência em 2022.
“Na política, dois mais dois nem sempre dá quatro. A gente lembra que as eleições de 2018 foram um resultado inusitado. Lula, que seria o candidato do PT, estava preso. Bolsonaro ganhou a eleição com um partido muito pequeno, o PSL. Ele tinha tempo minúsculo de televisão, mas isso não o impediu de ganhar”, avaliou Molica.
Segundo o jornalista, as condições políticas muitas vezes quebram a lógica da própria política, que mudou muito com a internet. “Aquela matemática de ‘é importante ter apoio de tantos partidos que têm tempo de televisão’, isso mudou muito nos últimos tempos. Há um protagonismo maior do eleitor individual e das redes sociais.”
“Quando se junta dois grandes partidos, isso gera uma bancada muito forte. Vamos ver quantos dessa bancada ficarão, se a ala bolsonarista do PSL vai continuar no partido”, completou.
Segundo Molica, parlamentares querem esperar uma definição do presidente Jair Bolsonaro — se ele vai ou não para o Progressistas (PP) — para definir seu futuro.
Sobre o lançamento de candidato próprio à Presidência em 2022, Molica avalia que ainda é cedo para projetar isso. “Não adianta falar em terceira via. Não se faz candidato por eliminação. Um candidato se impõe por suas propostas. Esse é o desafio agora do União Brasil: encontrar um candidato que traduza propostas e tenha aceitação na população.”
O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Gisele Soares. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.
(Publicado por Daniel Fernandes)