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    Mulher que agrediu muçulmana em Mogi das Cruzes (SP) nega intolerância religiosa e diz que foi ameaçada

    Autora de agressões em Mogi das Cruzes negou que irmão e filho tenham chamado a vizinha de terrorista

    Matheus Meirellesda CNN

    A mulher flagrada por câmeras de segurança agredindo uma vizinha muçulmana negou que a motivação das agressões tenha sido intolerância religiosa.

    O vídeo do caso, que ocorreu no bairro de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, viralizou nas redes sociais.

    Por questão de segurança, ela pediu para não ter o nome divulgado, mas, admitiu à CNN ter agredido a vizinha fisicamente. Porém, negou qualquer motivação religiosa, como alegou a vítima Khadjah.

    “Eu fui em cima, sim, errei em agredi-la, em dar início à agressão física, mas agressão verbal e ameaça na minha janela ocorreu antes”, afirmou.

    A agressora conta que antes de iniciar o confronto corporal, ouviu ameaças e da vizinha, que trajava vestes tradicionais muçulmanas. “Desce aqui, vou te quebrar de tanto bater”, teria dito a vítima das agressões.

    A confusão começou após uma confusão entre os filhos das duas mulheres. A vítima alega que o filho de 12 anos se irritou com o colega de 9 anos ao ouvir que a mãe seria uma “terrorista” e o agrediu. A agressora, então, foi tirar satisfação. Ela nega que o filho tenha usado o termo.

    A autora das agressões também nega que o irmão, que aparece nas imagens dando um mata-leão, tenha usado o termo “terrorista” para se referir à vítima. No relato à polícia, ela diz que o irmão quis apenas apartar a briga.

    “Nada justifica ela ter envolvido religiosidade. Se ela quisesse mesmo ir atrás da justiça contra agressão, contra o jeito que meu irmão me defendeu, ela teria que ter ido à justiça e buscado os direitos dela, e não ter inventado uma mentira nessa proporção tão grande, porque isso é muito grave”, ressaltou.

    O caso está sendo apurado pelo 4º Distrito Policial. Ambas as mulheres registraram boletins de ocorrência e decidiram dar prosseguimento à representação criminal.

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