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    Lula tem menor taxa de projetos aprovados desde FHC, diz pesquisa

    Levantamento da Vector Research também mostra o terceiro mandato de Lula com a menor porcentagem de vetos mantidos pelo Legislativo

    Da CNN

    Um levantamento da Vector Research mostra a dificuldade enfrentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste primeiro ano do terceiro mandato do petista.

    A taxa de sucesso, que mede a quantidade de proposições apresentadas pelo Poder Executivo e aprovadas no mesmo ano em relação a todas as proposições apresentadas à Câmara dos Deputados, foi a menor de toda a série histórica, que se inicia com Fernando Henrique Cardoso em 1995.

    Este primeiro ano de Lula repetiu a taxa registrada no primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), em 2015. A petista não chegou a concluir o mandato, já que foi alvo de um processo de impeachment que a retirou do cargo em 2016.

    Veja as taxas do primeiro ano de cada governo:

    • Lula 3: 27%
    • Bolsonaro: 43%
    • Dilma 2: 27%
    • Dilma 1: 40%
    • Lula 2: 62%
    • Lula 1: 69%
    • Fernando Henrique 2: 36%
    • Fernando Henrique 1: 34%

    A Vector Research também levantou a porcentagem de vetos do Executivo mantidos pelo Legislativo em cada governo. O governo Lula neste primeiro ano do terceiro mandato também em último lugar.

    • Lula 3: 55,7%
    • Bolsonaro: 60,2%
    • Dilma 2: 93,8%
    • Dilma 1: 98,5%
    • Lula 2: 98,7%
    • Lula 1: 98,4%
    • FHC 2: 99,3%
    • FHC 1: 99,2%

    Vetos importantes

    Na semana passada, por exemplo, o Congresso Nacional derrubou, em sessão conjunta, uma série de vetos do presidente Lula a propostas aprovadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.

    Um dos vetos derrubados diz respeito à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, que empregam quase 9 milhões de pessoas.

    Com a derrota do veto do governo, a desoneração da folha será prorrogada até 2027. O atual modelo de desoneração perde a validade em dezembro deste ano.

    Outro veto derrubado pelos parlamentares também faz parte da agenda econômica do governo: um dispositivo do arcabouço fiscal que impedia o Executivo de retirar despesas do cálculo para atingir a meta fiscal.

    Na prática, o Executivo poderia usar essa brecha para retirar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dos limites fiscais, o que facilitaria o cumprimento da meta, blindaria obras do governo e reduziria a necessidade do Planalto de negociar com o Congresso Nacional.

    Apesar de esse trecho ter sido derrubado, a Câmara manteve um veto de Lula que limitava o contingenciamento de investimentos do governo federal.

    Outra derrota do governo diz respeito ao marco temporal. Com a derrubada, passa a valer a tese de que os povos indígenas só terão direito à demarcação de terras que já eram ocupadas por eles em 5 de outubro de 1988.

    (Publicado por Salma Freua)

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