Após votação da reforma tributária, cúpula da Câmara vê fragilidades na articulação de Lula
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, volta ao centro das críticas na articulação do Executivo no Congresso
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, virou alvo de críticas da cúpula da Câmara dos Deputados após votação da Reforma Tributária.
Nos bastidores, líderes aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ironizaram a ausência do ministro de Lula nos discursos de agradecimento da reforma.
O nome de Padilha não constava na nominata apresentada ao deputado de Alagoas.
Padilha tampouco sentou-se à mesa onde estavam outros ministros de governo, a exemplo de Fernando Haddad e Simone Tebet.
A crítica ao ministro se refere à pouca atuação na costura pela votação da reforma. Anteriormente, líderes já acusavam o articulador do governo de não avançar em promessas feitas aos parlamentares, especialmente, em relação à liberação de emendas e cargos.
O descontentamento de Lira com Padilha já teria chegado aos ouvidos do presidente Lula, assim como a defesa do presidente da Câmara de uma reforma no Planalto para contemplar outros partidos da coalisão do governo.
O presidente deverá fazer mudanças pontuais na Esplanada no início do próximo ano, mas não dá sinais de que mexerá em ministros mais próximos.