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    Afegã conta como conseguiu fugir do Talibã em operação com apoio da CIA

    Ela trabalhava para os EUA quando o Talibã tomou a capital do Afeganistão

    Alex Marquardtda CNN , Em Washington

    Shaqaiq Birashk, americana de origem afegã que trabalhava para um projeto americano em Cabul quando a capital do Afeganistão foi tomada pelo Talibã, há pouco mais de um mês, contou à CNN como foi ver de perto o caos instalado na operação de retirada de afegãos que tentavam escapar do país tomado pelos radicais.

    Ela estava em seu apartamento quando recebeu uma ligação de um americano, que apenas disse ser do governo. “O aeroporto estava um caos absoluto. Era como se você tivesse que atravessar o vale da morte para passar e sobreviver”, afirma.

    Birashk, que nasceu no Afeganistão e se mudou para América do Norte com 13 anos, voltou para a Ásia adulta e passou a maior parte dos últimos quatro anos trabalhando com organizações locais. Depois de participar de uma operação secreta que teria contado com a participação da CIA, ela foi levada para Denver, no Colorado, nos Estados Unidos.
    “Ele disse: ‘olha, minha prioridade é você, eu entendo que você sente essa responsabilidade para com as pessoas com quem trabalhou, mas infelizmente minha prioridade é você. Apenas me diga onde você está e eu ajudarei'”, relata.

    Um motorista a buscou, e eles passaram pelos postos de controle do Talibã. “Os membros do Talibã vieram e bateram na frente do carro. Eles meio que acenaram para nós dizendo: ‘Não se mexam, parem aqui’. E então nosso motorista disse: ‘Eu não vou obedecer a esses caras'”, recorda.

    “Eu não estava com medo porque não tinha tempo para ficar com medo. Ter medo não era uma opção”, diz Birashk. Por volta da meia-noite, eles chegaram à “base da Águia”, uma base da CIA a leste de Cabul, onde um helicópteros decolavam com destino ao aeroporto.

    Birashik foi encontrada pelas forças especiais afegãs e, em seguida, por americanos, incluindo a autoridade que falava com ela pelo telefone. Na base, seus telefones foram confiscados para manter a localização sob sigilo.

    No dia seguinte, voaram para o aeroporto de Cabul e, em seguida, para fora do país em segurança. Ela diz o que seus amigos que ficaram no país contam sobre a situação atual. “Eles sempre dizem que o Afeganistão é agora um corpo sem alma, vendo a maneira como tudo o que eles trabalharam nos últimos 20 anos foi destruído bem na cara deles.”

    Birashk revela como se sente com a situação. “Até hoje ainda estou processando as informações e a realidade. Parece que é um pesadelo contínuo do qual eu ainda não acordei”.

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