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    Com Ciro e Haddad, oposição realiza protestos pelo país contra governo Bolsonaro

    São Paulo teve presença também de Guilherme Boulos e outras lideranças; no Rio, manifestantes protestaram contra alta da gasolina

    Rafaela LaraMurillo FerrariDouglas Portoda CNN em São Paulo

    Protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorreram neste sábado (2) em diversas cidades brasileiras. Todas as 26 capitais e o Distrito Federal registraram atos.

    Em São Paulo, a manifestação começou por volta das 13h (de Brasília) e ocupou boa parte da Avenida Paulista. A concentração foi na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde estava localizado o principal carro de som. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo estima que 8 mil pessoas compareceram no ato. Segundo os organizadores, 100 mil pessoas participaram da manifestação na capital paulista.

    Nos atos do dia 12 de setembro, também de oposição a Bolsonaro e organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Livres, a Polícia Militar informou que foram 6 mil pessoas. Já no 7 de Setembro, nos atos pró-Bolsonaro, a polícia estimou o público em 125 mil pessoas.

    Líderes da oposição, como Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), todos candidatos à Presidência em 2018, discursaram contra o governo, criticaram as medidas de combate à pandemia da Covid-19 e a situação econômica atual.

    Os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Gleisi Hoffmann, presidente do PT, também estiveram presentes e subiram no carro de som.

    Além de críticas ao governo federal em relação ao enfrentamento à pandemia da Covid-19, dessa vez a inflação e os altos preços os combustíveis também entraram na pauta dos atos. No Rio, um enorme inflável em forma de botijão de gás trazia a inscrição: “Tá caro? A culpa é do Bolsonaro”.

    O governador de São Paulo, João Doria, outro nome cotado para disputar a presidência, não compareceu por estar em campanha das prévias do PSDB, em Minas Gerais. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que também pode entrar na disputa pelo Palácio do Planalto, também estava confirmado, mas em suas redes sociais ele avisou que não participaria.

    A Polícia Militar de São Paulo disponibilizou efetivo de mil policiais para acompanhamento da manifestação – 150 viaturas monitoram a região da Paulista. A operação contou ainda com 60 cavalos, dez cães, dois helicópteros Águia e cinco drones.

    Ato no Rio

    No Rio de Janeiro, os manifestantes começaram a se concentrar na Candelária, região central da capital, por volta das 10h.

    Ainda durante a manhã, os participantes do protesto caminharam pela Avenida Presidente Vargas em direção à Cinelândia. Após as 12 horas, o grupo já se reunia na Cinelândia, onde há um palco montado. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e outros políticos participaram do ato no Rio.

    Integrantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do sindicato da categoria levaram botijões de gás infláveis gigantes em protestos contra o alto preço dos combustíveis. Grupos com faixas “vidas negras importam” também se juntaram aos manifestantes. Eles também carregavam faixas contestando o descaso do presidente com a pandemia de Covid-19.

    Protestos em outras capitais

    Em Brasília, a concentração de manifestantes começou no início da tarde na Praça dos Três Poderes. A PM monitorava a concentração de pessoas, que seguia pacífica e sem ocorrências até por volta das 16h.

    Em Salvador, os manifestantes caminharam da praça do Campo Grande em direção à praça Castro Alves, onde se concentraram por volta das 9h. O percurso foi de aproximadamente 3,5 km e terminou por volta das 12h.

    Em Fortaleza, a concentração começou por volta das 8h. Perto das 11h, os manifestantes saíram em caminhada da praça da Bandeira, onde estavam, até a praça do Ferreira, na região central da capital.

    No Recife, os manifestantes se reuniram na praça do Derby no início da manhã e caminharam até o Pátio do Carmo. Vias da região central foram bloqueadas para o trânsito de veículos. Os manifestantes se posicionaram contra a reforma administrativa, pediram vacinas, protestaram contra a fome e pelo impeachment de Bolsonaro.

    Em João Pessoa, capital da Paraíba, os manifestantes se reuniram no Parque da Lagoa, na região central. O ato terminou por volta das 13h.

    Em Porto Alegre, a manifestação começou por volta das 15h e se concentrava entre a sede da prefeitura e o Mercado Municipal. Manifestantes carregam bandeiras de partidos de esquerda e faixas de protestos contra o governo Bolsonaro.

    Em Belo Horizonte, o protesto teve início por volta das 15h30, com uma caminhada de 3 km passando pelas avenidas Brasil e Afonso Pena até a Praça 7. Mais de 50 movimentos anunciaram participação no ato.

    Em Curitiba, o protesto começou às 16h na Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR), na região central da capital paranaense.

    Em Boa Vista, a concentração dos manifestantes ocorreu na Praça do Centro Cívico, no centro da capital. Os manifestantes eram seguidos por carro de som e carregavam faixas com críticas ao presidente.

    Em Natal, manifestantes se reuniram na avenida Hermes da Fonseca, uma das mais movimentadas da cidade.

    Expectativa de atos em todo o país

    Os atos deste sábado contam com a adesão de mais de 20 legendas partidárias. Segundo os organizadores, há eventos confirmados em 251 cidades brasileiras e em 16 países.

    Os protestos foram organizados em conjunto pela campanha Fora Bolsonaro (que promoveu os atos anteriores e reúne centrais sindicais, movimentos populares e partidos de esquerda), pela entidade civil Fórum pela Democracia Direitos Já! e por lideranças dos nove partidos que assinaram pedidos de impeachment do presidente (PSOL, PCdoB, PT, PDT, PSD, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade).

    Em 12 de setembro, atos convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelos grupos Vem Pra Rua e Livres aconteceram em 18 capitais e no Distrito Federal, mas tiveram baixa adesão.

    As manifestações também contaram com apoio de políticos da direita, do centro e de esquerda. O PT e outras legendas de esquerda não participaram e já se articulavam para os atos deste sábado. Doria, Ciro, Luiz Henrique Mandetta e João Amoêdo participaram das manifestações no último dia 12 na Paulista.

    (Com informações de Bruna Carvalho, Bruna Ostermann, Diego Barros, Juliana Lopes, Lia Aderaldo, Renan Fiuza, Silvana Freire, da CNN, Reuters e Agência Estado)*