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    Mercados operam em tom de pessimismo com risco fiscal nos EUA e crise de energia

    Morning Call, com Priscila Yazbek, destaca o de mais importante na economia mundial e nacional nesta sexta-feira

    Priscila Yazbekda CNN Em São Paulo

    O pessimismo dava o tom do sentimento dos mercados nesta sexta-feira (1º).

    As bolsas abriram em queda com dados de fechamento de setembro bem negativos, crise de energia e risco fiscal nos Estados Unidos.

    O Congresso americano aprovou o projeto que garante fundos para o governo impedir a paralisação da máquina, o chamado shutdown, até o dia 3 de outubro. Mas foi uma solução provisória.

    O impasse do teto da dívida está começando a ser levado mais a sério pelos mercados, já que faltam só 17 dias para o prazo final para um acordo que evite o default, calote da dívida.

    Ontem, a secretária do Tesouro Janet Yellen reforçou que um calote seria “catastrófico” para o país.

    Um relatório do Instituto Internacional de Finanças com sede em Washington diz que a dívida dos EUA pode estar deixando de ser um paraíso.

    Como consequência, investidores estão exigindo um prêmio maior sobre títulos americanos. Com juros dos títulos de renda fixa subindo, bolsas perdem atratividade e caem.

    A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, vai tentar hoje de novo votar o projeto de infraestrutura de 550 bilhões de dólares.

    Segundo a Bloomberg, funcionários da Casa Branca estão otimistas e acham que o projeto de infraestrutura será aprovado hoje.

    Investidores também ficaram cautelosos à espera do PCE, dado de inflação mais observado pelo Banco Central americano.

    Também pesa para o mau-humor o fechamento do mês de setembro, com o S&P registrando a primeira queda mensal (-4,76%) desde janeiro.

    No resto do mundo, o mercado também monitora a crise de energia com preços do gás natural batendo novos recordes.

    Na Europa, os índices caem também com temores de estagflação. Dados de venda vieram abaixo do esperado e a inflação na zona do euro subiu 3,4% em setembro na comparação anual, maior patamar desde 2008.

    Na Ásia, OS índices na China ficaram fechados com feriado, mas saíram dados do PMI de manufatura. Os números do setor industrial foram os piores desde o início da pandemia em 2020.

    Brasil

    O Ibovespa fechou setembro em baixa de mais de 6%, na pior queda mensal desde março de 2020, chegada da pandemia.

    Notícias sobre a tentativa do governo de colocar extensão do auxílio emergencial na PEC dos Precatórios estão contribuindo para o desempenho negativo.

    Pressões sobre preços da Petrobras e inflação alta aumentam o risco fiscal e ruídos políticos ofuscam os bons dados de emprego da semana, com Caged e Pnad superando as expectativas.

    Agenda do dia

    O IPC-S, dado de inflação, veio a 1,43%, acima da estimativa mediana de mercado de 1,29%.

    Às 10h, sai o PMI Industrial, e às 15h, o Ministério da Economia divulga a balança comercial de setembro.

    O Itaú espera que o superávit desacelere para US $3,5 bilhões e uma queda de 10,7% nas exportações na comparação com o mês anterior.