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    Após testar negativo para Covid-19, ministro Marcelo Queiroga retorna ao Brasil

    Titular da Saúde foi contaminado pela Covid-19 enquanto fazia parte da comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU

    Murillo Ferrarida CNN* , Em São Paulo

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, retornou ao Brasil nesta segunda-feira (4), após cumprir isolamento em um hotel de Nova York, nos Estados Unidos, depois de testar positivo para a Covid-19. Ele desembarcou em São Paulo, de onde seguiu para Brasília.

    Ele anunciou que testou negativo para o vírus neste domingo (3).

    Pelas regras sanitárias norte-americanas e brasileiras, um contaminado pelo novo coronavírus precisa ficar isolado de 10 a 14 dias. Se não forem observados sintomas graves e, se a pessoa testar negativo em um exame RT-PCR a partir do 10º dia, ela é autorizada a entrar ou sair do país.

    O ministro teve sintomas leves da doença (cansaço e estado febril) por apenas um dia, na quarta-feira (22).

    Relembre o caso

    O ministro Marcelo Queiroga viajou para Nova York com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que participou da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas na terça-feira (21).

    A confirmação de que Queiroga testou positivo para a Covid-19 foi relatada naquele mesmo dia pelo colunista da CNN Caio Junqueira. Horas depois, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo confirmou o caso e o ministro fez uma postagem em suas redes sociais.

    Na ocasião, ele informou estar bem e que seguiria em quarentena nos Estados Unidos. “Comunico a todos que hoje testei positivo para Covid-19. Ficarei em quarentena nos EUA, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária”, escreveu Queiroga.

    O ministro esteve na Assembleia-Geral da ONU, mas usou máscara durante todo o tempo. Ele também acompanhou o presidente Bolsonaro em visita ao Memorial do 11 de Setembro, novamente usando máscara de proteção.

    Queiroga em NY
    Marcelo Queiroga acompanhou Bolsonaro em NY / Isac Nóbrega/PR

    A confirmação de que ele foi infectado pela Covid-19 levou o Itamaraty a suspender a presença de todos os diplomatas brasileiros em todas as reuniões que ocorreriam na ONU.

    Quarentena recomendada pela Anvisa

    Depois da confirmação da infecção de Queiroga, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o isolamento da comitiva brasileira que acompanhou o presidente em viagem à Assembleia-Geral da ONU.

    Cerca de 50 pessoas que fizeram parte da comitiva presidencial em Nova York cumpriram a quarentena, segundo informações do secretário de Comunicação André Costa.

    “Como foi comunicado, o ministro foi contaminado pela Covid e permaneceu nos EUA. Em razão dessa informação, a comitiva que acompanhou o presidente da República a essa visita da ONU também foi toda orientada a permanecer seguindo o guia de vigilância epidemiológica, orientados a permanecer em isolamento pelo período previsto”, disse o secretário, na volta dos Estados Unidos.

    Outras infecções na comitiva

    Além de Queiroga, outras três pessoas que fizeram parte da comitiva que acompanhou Bolsonaro também foram infectadas pelo novo coronavírus.

    O último a confirmar foi o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, no domingo (26).

    Também foram contaminados o deputadofederal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e um funcionário do cerimonial do Palácio do Planalto.

    O presidente Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também foram testados e receberam resultado negativo para Covid-19.

    Polêmica em NY

    Além de ser infectado pelo vírus, Queiroga se envolveu em uma polêmica durante a estadia da comitiva presidencial nos Estados Unidos. Isso porque ele mostrou o dedo médio para manifestantes contrários ao presidente.

    O gesto do ministro foi amplamente divulgado em vídeos nas redes sociais, que mostram o momento em que Queiroga aparece na janela de um micro-ônibus e ofende os manifestantes. O protesto ocorreu em frente à residência da Missão Brasileira junto à ONU.

    (*Com informações de Natália André, da CNN em Brasília, e Rafaela Lara, da CNN em São Paulo)

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