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    Consumo de energia no Brasil sobe 4,7% em agosto, diz ONS

    Esse é o quinto mês de elevação no consumo, puxado pela retomada da indústria, recuperação do setor serviços e proximidade com o verão

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    O consumo de energia no Brasil aumentou 4,7% em agosto, quando comparado com o mesmo período do ano passado, e chegou a 67.657 megawatts (MW). Os dados do monitoramento do Sistema Interligado Nacional (SIN) foram divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    De acordo com o operador, a alta está sendo influenciada pelo “desempenho da indústria e a recuperação do setor serviços observados nos últimos meses”. A proximidade com o verão e, consequentemente, a elevação das temperaturas também foram fatores importantes para o aumento no consumo, segundo o levantamento.

    Segundo o boletim mais recente do ONS, a elevação no consumo da energia elétrica no país vem subindo há cinco meses, após a redução da demanda durante o momento mais crítico da pandemia do novo coronavírus. No acumulado entre abril e agosto, a carga do SIN apresentou um aumento de 5,2% no consumo, em relação ao mesmo período anterior.

    Entre as regiões brasileiras, os moradores do Nordeste e do Norte foram os que mais aumentaram seu consumo de energia, com alta de 7,8% em agosto. Já a demanda do Sul e Sudeste/Centro-Oeste do país registraram aumento de 5,9% e 3%, respectivamente.

    “O índice continua indicando a retomada da economia após o aumento da mobilidade e o crescimento da vacinação, principalmente no setor de serviços, onde já foi superado o nível de confiança pré-pandemia”, destaca o boletim.

    Apesar de representar uma recuperação econômica, a alta na demanda pressiona ainda mais o problema energético do país. Segundo os dados do ONS, o Brasil vive a pior crise dos últimos 91 anos.

    Responsável por abastecer cerca de 70% da população brasileira, o armazenamento das usinas do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) pode chegar a uma média de 12,6% de sua capacidade total até o fim do mês.

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