Fiocruz constata atraso da 2ª dose em 11% dos vacinados contra Covid no Brasil
Coronavac foi o imunizante com a maior taxa de atraso, segundo o levantamento
O Boletim VigiVac, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quarta-feira (29), constatou que 11% dos vacinados no Brasil estão com a aplicação da segunda dose atrasada. A análise considerou os registros até o dia 15 de setembro de indivíduos que ainda não tomaram a segunda dose após 14 dias da data prevista.
O imunizante produzido no Instituto Butantan foi o que apresentou a maior taxa de atraso para a segunda dose. A Coronavac registrou 32% de atraso entre os vacinados. A taxa de atraso para a AstraZeneca é de 15% e da Pfizer 1%. O boletim ressaltou que a vacinação com Pfizer é mais recente e, comparada com as outras vacinas, ainda há poucos casos possíveis de atraso de segunda dose.
O estado do Ceará se destaca como o que tem o maior percentual de vacinas atrasadas, com alguns municípios ultrapassando 70% de segundas doses que ainda não foram aplicadas, como Abaiara (77,4%) e Acopiara (81,3%). Porém, São Paulo registrou o maior número absoluto de pessoas que não foram receber a segunda dose, com mais de 1,2 milhão de pessoas.
Os pesquisadores destacam que o atraso da segunda dose pode comprometer seriamente a efetividade das vacinas no país. O boletim destaca que a proteção contra Covid-19 só é adequada após a vacinação completa, com duas doses.
Sob supervisão de Adriana Freitas