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    WeChat bloqueia grupos de mensagens sobre a Evergrande, dizem usuários

    Evergrande deve dinheiro para membros dos grupos, que discutiam reivindicações e organizavam protestos

    David Kirtonda Reuters

    A plataforma WeChat, da Tencent Holdings, bloqueou pelo menos oito grupos de mensagens instantâneas usados ​​por pessoas na China cuja gigante chinesa Evergrande devia dinheiro, disseram membros do grupo nesta quarta-feira (29).

    Os grupos, com cerca de 200 a 500 pessoas cada, discutiam as reivindicações dos membros e organizavam protestos. Os membros disseram que começaram a ser impedidos de enviar novas mensagens aos grupos na manhã de terça-feira (28).

    A crise na Evergrande, com dívidas de US$ 305 bilhões e em meio a uma crise de caixa, representa um desafio para o governo de Pequim.

    A empresa quer impor disciplina financeira, mas analistas dizem que ela teme um colapso conturbado que pode alimentar a inquietação de investidores, fornecedores e compradores de casas locais.

    Compradores de imóveis e investidores de varejo iniciaram protestos em várias cidades nas últimas semanas, e muitos usaram plataformas de mídia social como o WeChat, o aplicativo de mensagens mais popular do país, para expressar suas queixas.

    No início deste mês, a Reuters testemunhou manifestantes sendo levados para fora da sede da Evergrande em Shenzhen, e cenas semelhantes foram compartilhadas em grupos do WeChat.

    Na quarta-feira, dois usuários do WeChat relataram ter visto a mensagem de erro “limites foram colocados neste grupo porque ele viola regras e normas relevantes”. Uma captura de tela vista separadamente pela Reuters confirmou o enunciado.

    Três outros usuários disseram que os grupos foram excluídos do WeChat. Outros dois também disseram que não conseguiam acessar seus grupos. A Tencent não quis comentar. A Administração do Ciberespaço da China não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

    Duas pessoas que haviam sido membros de alguns dos grupos disseram separadamente que foram visitadas por policiais chineses no domingo (27).

    As autoridades exigiram a assinatura de papéis que obrigavam as pessoas a não participarem de nenhuma reunião. Eles não quiseram ser identificados devido a medo de represálias.

    O Ministério de Segurança Pública da China não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

    Alguns usuários do WeChat reclamaram no Weibo, uma plataforma semelhante ao Twitter, que seus grupos no WeChat relacionados à Evergrande foram bloqueados.

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