Pandemia é a pior crise sistêmica já enfrentada, diz levantamento da ONU
De acordo com o levantamento, a letalidade entre pacientes internados com o novo coronavírus foi de 56% entre brancos e 79% entre não brancos
Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas mostra que, embora a pandemia de Covid-19 tenha atingido todos os países, as consequências devem ser piores para os que têm maior desigualdade social, como o Brasil.
De acordo com o levantamento, a letalidade entre pacientes internados com o novo coronavírus foi de 56% entre brancos e 79% entre não brancos.
O relatório também destaca o impacto da Covid-19 na educação. O fechamento massivo de escolas em todo o mundo impactou mais de 1 bilhão de crianças e jovens.
No Brasil, estima-se que 47,9 milhões de crianças e adolescentes estavam fora das escolas devido à pandemia. Ainda segundo os especialistas, quase 6 milhões de crianças e adolescentes no país tiveram o direito à educação negado durante todo o ano passado.
Além disso, com o fechamento de escolas em 2020, estima-se que cerca de 30% das crianças em idade escolar ao redor do mundo não conseguiam acessar o ensino à distância.
A pesquisa mostra ainda como é importante investir na saúde. Nos países com baixo desenvolvimento humano, os gastos com saúde são de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nos países com desenvolvimento humano muito alto eles representam 12,1% do PIB.