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    Linha de crédito pode atender até 100 milhões de clientes, diz presidente da Caixa

    Caixa anunciou nova linha de crédito voltada para baixa renda

    Juliana Eliasdo CNN Brasil Business , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (27), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que a nova linha de crédito para a população de baixa renda anunciada mais cedo pelo banco deverá ser usada, principalmente, por pessoas que hoje não têm acesso ao sistema bancário e que só conseguem empréstimos a juros mais caros.

    “Cerca de 100 milhões de pessoas poderão tomar esse empréstimo e acredito que pelo menos 20 milhões efetivamente tomem”, disse Guimarães. O limite do valor a ser emprestado, de R$ 1.000, também poderá ficar maior conforme a linha de crédito comece a ser testada.

    Guimarães também informou que os juros inicialmente anunciados para a nova linha especial, de 3,99% ao mês (próximo a 50% ao ano), poderão cair com o tempo, conforme os primeiros clientes comecem a construir seu histórico bancário.

    “O que nós esperamos é que, conforme as pessoas forem pegando [o crédito], elas tenham taxas menores e operações maiores. Então essa taxa de 3,99% pode ser menor; e o valor de R$ 300 a R$ 1.000 pode chegar a R$ 1.500 ou R$ 2.000. É uma base de 20 milhões de pessoas que não têm histórico de crédito”, disse o presidente da Caixa.

    Essa linha de crédito é focada nos atuais beneficiários do auxílio emergencial. Os empréstimos podem ir de R$ 300 a R$ 1.000 e podem ser pagos em até 24 vezes, com juros de 3,99% ao mês. A nova linha de crédito poderá ser contratada diretamente pelo celular pelo aplicativo Caixa Tem.

    “Estamos falando de 30 a 40 milhões de pessoas que não fazem parte de nenhuma estatística bancária”, disse Guimarães. Elas tomam crédito hoje de 15% a 20% ao mês, de financeiras ou agiotas. (…) Esse crédito atinge parte da população que está na economia informal e nunca utilizou um banco.”

    Juros mais altos que os do mercado

    Os juros iniciais de 3,99% mensais da nova linha são mais altos do que linhas comerciais de crédito hoje disponíveis no mercado, como o consignado, que cobra em média 1,5% ao mês, e o crédito pessoal normal, com média de 2,42%, de acordo com números do Banco Central.

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