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    Centenas se reúnem em Gaza após morte de jornalista durante ataque aéreo em Khan Younis

    Corpo de Samer Abu Daqqa, da Al Jazeera, foi carregado nos ombros da multidão reunida do complexo médico Al-Nasser

    Kareem KhadderLucas Lilieholmda CNN

    Centenas de pessoas se reúnem neste sábado (16) para velar a morte do jornalista Samer Abu Daqqa da Al Jazeera, falecido devido aos ferimentos sofridos durante um ataque aéreo na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, no dia anterior.

    O corpo de Abu Daqqa, envolto em um pano branco, foi carregado nos ombros da multidão reunida do complexo médico Al-Nasser, em Khan Younis, até um cemitério próximo. Em seu peito estavam o colete de imprensa e o capacete que ele usava quando foi ferido.

    Wael Dahdouh, chefe do escritório da Al Jazeera, que perdeu a esposa, a filha, o filho e o neto em um ataque aéreo israelense no campo de refugiados de Al Nusiarat no final de outubro, acusou Israel de ter como alvo seu ex-colega e prometeu continuar seu trabalho.

    “Perdemos Samer hoje dessa forma cruel, embora tivéssemos coordenação e atribuição oficial, ele foi morto com um míssil direcionado. Todos os amigos e colegas de Samer estão apoiando Samer e continuam esta nobre mensagem, mesmo que mais de 80 de nossos colegas e suas famílias tenham sido mortos, continuaremos fazendo nosso trabalho e nossa cobertura. Pedimos a Deus que este seja o último dos assassinatos e pedimos que ele tenha misericórdia de sua alma”, disse ele.

    O funeral contou com a presença de amigos, familiares e colegas, muitos deles vestindo coletes de imprensa. A esposa e os filhos de Abu Daqqa vivem na Bélgica.

    As orações foram lidas no cemitério e sua mãe, Umm Maher, soluçou ao se ajoelhar para orar sobre o túmulo de seu filho antes que ele fosse sepultado.

    Al Jazeera Media Network emitiu um comunicado na sexta-feira (15) condenando o ataque aéreo que resultou na morte de Samer Abu Daqqa e no ferimento de Wael Dahdouh.

    “A Rede responsabiliza Israel por perseguir e matar sistematicamente jornalistas da Al Jazeera e suas famílias”, escreveram.

    A CNN não pode verificar as alegações de forma independente e entrou em contato com os militares israelenses para comentar, mas não obteve resposta.

    Veja também: EUA pressionam Israel para que evitem mortes de civis em Gaza

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