Inadimplência no país fica estável pelo 4º mês seguido, aponta o Banco Central
Juros do cheque especial e rotativo sobem no mês, diz relatório mensal do Banco Central
A inadimplência se manteve estável no Brasil pelo quarto mês seguido. Segundo relatório mensal do Banco Central (BC), a taxa ficou em 2,3% — e os juros dos empréstimos estão aumentando.
O volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) totalizou R$ 4,3 trilhões em agosto, o que representa uma alta de 1,5% no mês. Ou seja, o crédito foi robusto, e a inadimplência não subiu. Ainda assim, os juros dos empréstimos aumentaram.
O crédito rotativo, que incide quando o consumidor não paga a fatura total do cartão, passou de 331,5% em julho para 336,1% em agosto. Se a pessoa tiver uma dívida de R$ 10 mil, o valor sobe para R$ 11.200 em um ano.
Os juros do cheque especial também subiram, de 124% para 124,9%. Neste caso, uma dívida de R$ 10 mil sobe para R$ 21.811 em 12 meses, com mais de R$ 11 mil apenas de juros.
O crédito é composto por algumas variáveis. A partir da taxa Selic, bancos colocam seus custos, como as despesas operacionais e os custos com inadimplência. Se Selic sobe, é como se a base do custo do crédito subisse.