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    Brasil não será prioridade para novo governo da Alemanha, diz professor

    À CNN Rádio, Kai Enno Lehmann avalia que a prioridade alemã será definir questões internas

    Amanda Garciada CNN , em São Paulo

    Após vitória apertada – por pouco mais de 1 ponto percentual –, Olaf Scholz, o candidato do partido social-democrata da Alemanha, que deve suceder Angela Merkel como chanceler, agora negociará para formar um governo de coalizão.

    Em entrevista à CNN Rádio nesta segunda-feira (27), o professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Kai Enno Lehmann, avaliou que a definição do novo governo alemão “vai demorar e será instável.”

    A eleição é indireta na Alemanha e a negociação tem que ser feita com outros partidos para construir a base. A votação, como foi apertada, fará com que as negociações sejam “entre os partidos pequenos.”

    “As primeiras negociações e conversas vão ser entre o Verde e o Liberal, esses dois pequenos têm o poder de decidir quem vai ser chanceler, isso vai determinar o que vai mudar na política”, analisou.

    Em termos da relação Alemanha-Brasil, Lehmann acredita que o Brasil “não estará entre as prioridades”:

    “Há um consenso entre os países que participam dessa coalizão de que Jair Bolsonaro não é um parceiro confiável. Em termos domésticos, não ganha nada, só perde, me parece que o Brasil não será prioridade pelo menos até outubro do ano que vem, após as eleições.”

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