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    Número de empregos no Rio cresce pelo oitavo mês consecutivo, aponta Caged

    Economista prevê que mercado formal volte aos níveis pré-pandemia em 2022

    Pessoas caminham no centro do Rio: mercado de trabalho formal mostra recuperação no estado
    Pessoas caminham no centro do Rio: mercado de trabalho formal mostra recuperação no estado Tomaz Silva - 28.jun.2021/Agência Brasil

    Lucas Janoneda CNN Rio de Janeiro

    O mercado de trabalho formal no estado Rio de Janeiro vem mostrando saldo positivo de vagas há oito meses consecutivos, segundo dados disponibilizados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

    Levantamento realizado pela CNN, mostra que, desde o início do ano foram criadas 685,3 mil admissões, contra 602,6 mil demissões no estado: um saldo positivo de 82,6 mil novos postos de trabalho com carteira assinada.

    Os dados do Caged detalham ainda que julho foi o mês mais representativo para a recuperação do mercado formal no estado, com 104, 2 mil contratações e 85,4 mil desligamentos, ou seja, um saldo de 18,7 mil postos.

    Para o pesquisador e economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joelson Sampaio, os bons resultados da economia fluminense estão atrelados à flexibilização das medidas restritivas contra o novo coronavírus. No entanto, ele ressaltou que patamares pré-pandemia só devem ser atingidos nos primeiros meses do ano que vem.

    “O Rio de Janeiro está entre os estados que mais sofreram com a crise da pandemia. Mas com a redução das restrições contra a Covid-19 e retomada da atividade econômica, observamos recuperação na geração de empregos, uma alta evidente”, diz.

    “Provavelmente vamos levar os primeiros meses do próximo ano para se recuperar totalmente da pandemia. O Ano de 2022 vai ser importante para o estado do Rio manter a recuperação e acabar com o déficit de empregos causados pela crise”.

    Desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, o estado do Rio de Janeiro apresenta um déficit de 49,5 mil empregos em sua economia. Maior gerador de empregos formais na economia privada do estado, o setor de serviços foi o mais afetado, com um déficit de 42,7 mil vagas desde o início de 2020.

    Em segundo lugar aparece o comércio varejista, com uma queda aproximada de 12 mil postos de trabalho. Já na terceira colocação aparecem as construtoras fluminenses.

    Informalidade

    Apesar de o mercado formal estar mostrando recuperação, a taxa de desemprego ainda é alta no Brasil, chegando a 14,1% no segundo trimestre, quando 14,4 trabalhadores estavam desocupados, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

    Diferentemente da pesquisa divulgada pelo Caged, que só considera o mercado formal, o levantamento do IBGE é mais amplo e traz informações relacionadas ao emprego informal, que atinge 35 milhões de pessoas. No Rio de Janeiro, onde a taxa de desocupação é de 18%, quase 30% da população ativa trabalha por conta própria, segundo o IBGE.