Conasems: Número de vacinados em 40% é expressivo, mas letalidade ainda é alta
Presidente do Conasems disse à CNN que aguarda retorno de Queiroga para que consigam projetar campanha de doses de reforço contra a Covid-19
O Brasil alcançou 40% da população acima dos 12 anos com esquema vacinal completo contra a Covid-19.
O Mato Grosso do Sul é o estado com maior percentual da população imunizada com as duas doses. Na avaliação do presidente do Conasems (Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde), Wilames Freire, a campanha acelerou e está se tornando igualitária pelo país, mas a pandemia ainda está fora de controle.
“40% da população é um número expressivo pelo tamanho de nosso país, mas não podemos esquecer que ainda estamos com uma taxa de letalidade alta de Covid-19. A pandemia não está sob controle, haja vista que estamos ainda com uma mobilidade de 600 óbitos por dia”.
Freire diz, no entanto, que já há uma perspectiva otimista de o Brasil conseguir concluir a vacinação completa, com duas doses, para toda a população acima de 18 anos, até o final do mês de outubro. “As informações que temos do Brasil afora é que todos os municípios estão cumprindo com suas metas de vacinação muito mais rapidamente do que prevíamos”.
De acordo com o presidente do Conasems, o foco neste momento é que os 5.570 municípios brasileiros consigam se tornar homogêneos no ritmo de vacinação, a fim de terminarem a administração das doses no mesmo período. Embora haja questões logísticas específicas em algumas localidades, Freire acredita que isso será possível.
“Entendemos que o aprendizado durante esse ano de 2021, nessa campanha de vacinação, é um aprendizado que nos dá tranquilidade de dizer ao povo brasileiro que a vacina está chegando em todos os locais e que o nosso objetivo é encerrarmos esta campanha de forma igualitárias, para que tanto as capitais, quanto os municípios de médio e pequeno porte, em qualquer localidade do Brasil, consiga vacinar de forma igualitária e no mesmo momento.”
Wilames Freire falou à CNN que o conselho está se baseando nas normas técnicas do CTAI (Comitê Técnico Assessor de Imunizações) para orientar os gestores locais. Dessa forma, aconselharam que todos seguissem normalmente com a vacinação de adolescentes.
“Nós teríamos um trauma muito grande na nossa vacinação e tínhamos chegado ao cúmulo de devolver doses da Pfizer para o PNI pelo seu prazo de validade que estava muito em cima da hora.”
Ainda segundo Freire, o conselho aguarda, agora, um retorno do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para planejar a campanha de vacinação com as doses de reforço.
“Estamos esperando o retorno do Marcelo Queiroga para projetarmos essa campanha de doses de reforço com as perspectivas de doses de vacina no PNI, para passarmos à população brasileira a tranquilidade sobre disponibilidade da vacina de modo a retornar suas atividades normais.”