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    Natalia Pasternak: ‘Vacina não é infalível, mas previne forma grave da Covid-19’

    Especialista reforçou que diagnóstico positivo para doença não significa ineficácia dos imunizantes, desenvolvidos com o objetivo principal de se evitarem mortes

    Da CNN Em São Paulo

    O anúncio de que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), vacinado com a primeira dose da Pfizer e outras pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testaram positivo para a Covid-19 trouxe à tona, mais uma vez, o debate sobre a proteção de imunizantes.

    Notícias falsas nas redes sociais relacionam o diagnóstico da doença com uma possível ineficácia das vacinas. No entanto, a microbiologista Natalia Pasternak, explicou, em entrevista à CNN, que é necessário tirar o estigma de que os imunizantes impedem a infecção pelo coronavírus.

    “Precisamos tirar esse estigma popular que vacinas são perfeitas e infalíveis, e que uma vez vacinados estamos blindados. Nenhuma vacina funciona desse jeito”, disse a especialista.

    “As vacinas funcionam diminuindo a probabilidade de contágio e de ficar doente. E, principalmente as vacinas contra Covid-19, são eficazes em prevenir doenças graves, hospitalizações e mortes”, comentou Natalia.

    O filho de Bolsonaro acompanhou o presidente na viagem a Nova York, no início de semana. Além dele, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que também fazia parte da comitiva nos Estados Unidos, foi diagnosticado com a doença.

    A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, também comunicou hoje que está com a Covid-19. No entanto, ela não fez parte da comitiva presidencial que foi a Nova York, assim como o advogado-geral da União, Bruno Bianco — o terceiro ministro do governo Bolsonaro a receber o diagnóstico positivo nesta semana.

    Pasternak reforçou que, mesmo após o esquema vacinal completo, é possível testar positivo para a doença e apresentar sintomas. “Mas vai ter muito menos gente vacinada com sintomas graves, hospitalizada e morrendo. E e é isso que queríamos desde o começo: vacinas que tirassem o pessoal do hospital e, de preferência, do cemitério.”