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    Mercados reagem a decisões monetárias no Brasil e nos Estados Unidos

    Morning Call, com Priscila Yazbek, destaca o de mais importante na economia mundial e nacional hoje

    Priscila Yazbekda CNN Em São Paulo

    Mercados em todo o o mundo repercutem nesta quinta-feira (23) as decisões de juros definidas no Brasil e nos Estados Unidos.

    Como esperado, o Banco Central americano manteve os juros inalterados, mas membros do Fed indicaram que os juros podem começar a subir já em 2022, em vez de 2023.

    Na coletiva, Jerome Powell, presidente do Fed, sinalizou que pode iniciar a redução de estímulos em novembro e encerrar a compra de ativos no primeiro semestre de 2022. Ainda assim, Powell indicou que, com juros, é diferente e o processo deve ser gradual, impulsionando os índices americanos.

    Bolsas da China e minério de ferro fecharam em alta depois da nova injeção de US$ 17 bilhões do Banco Central chinês, em resposta à situação da Evergrande. O temor sobre calote também diminuiu depois das notícias de que o governo chinês vai reestruturar a empresa e transformar a Evergrande em estatal. Decisões lembram o jargão: “too big to fail”, muito falado em 2008, durante a crise do subprime americano.

    No Brasil, o Banco Central elevou a taxa Selic em um 1 percentual, para 6,25% ao ano, maior patamar desde julho de 2019. O BC já sinalizou que deve manter o ritmo de alta, levando a taxa para 8,25% no fim do ano.

    No comunicado oficial, o destaque foi o trecho que dizia que “os juros vão avançar sobre território contracionista”. Alguns bancos interpretaram como um “aumento de tom” e ajustaram previsões para juros, já prevendo Selic acima de 9% entre o fim do ano e começo do ano que vem. Outros analistas já classificaram o comunicado como neutro, sem novidades.

    O BC também ressaltou o risco de baixo crescimento em países emergentes, reconheceu que a inflação está mais espalhada, e falou sobre o risco fiscal. Ao mesmo tempo, se mostrou otimista com o segundo semestre. A leitura feita é que o Banco Central fala em subir os juros sem pressa para avaliar melhor a economia e a persistência da inflação. Uma tática para ganhar tempo, diante do momento de forte incerteza.

    A PEC dos Precatórios também teve destaque ontem, pois avançou um pouco com a instalação da comissão especial na Câmara dos Deputados.

    A proposta em jogo, articulada por Paulo Guedes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, foi vista como uma opção mais pró-mercado por respeitar o teto de gastos. Mas não deixa de receber críticas: o desconto de 40% em precatórios, que são decisões já julgadas, é visto como calote pelo mercado.

    Sobre reforma do Imposto de Renda, o relator da proposta no Senado disse que pode apresentar o parecer em novembro.

    Ontem, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, falou que o governo ainda aposta na reforma do IR para bancar Auxílio Brasil em 2022 e que a alta do IOF nunca esteve “no radar”.

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